Chamado e vocação são aptidões que conduzem o indivíduo em direção ao seu trabalho, a sua proposta de vida. Todas as profissões de sucesso passam, invariavelmente, por um chamado e vocação. Pessoas podem até exercer bem atividades para as quais não têm vocação, mas o índice de aproveitamento e satisfação fica prejudicado.
O mais elevado de todos os chamados é o chamado para ser um ministro do evangelho de Jesus Cristo. Nada pode ser mais sublime, nada produz mais contentamento e realização.
Hoje o ministério do evangelho foi rebaixado ao nível de uma profissão igual às outras ocupações comuns. E muito freqüente você encontrar nos classificados de jornais americanos, canadenses, australianos e europeus anúncios procurando pastores. Por exemplo:
Igreja Batista procura pastor de jovens. Paga-se bem. Currículos para o endereço…”
As igrejas de Cristo sempre sustentaram que ninguém que não tenha sido claramente chamado por Deus deve pregar o evangelho. Os conselhos de ordenação de muitas denominações sempre pedem ao candidato que relate seu chamado antes de procederem para o aspecto doutrinário do exame.
O chamado para o ministério é algo sublime, elevado, a tarefa mais nobre que alguém pode exercer sobre a Terra. Contudo, não podemos fazê-lo de qualquer maneira, pois Aquele que nos chama requer de nós excelência, dedicação e preparo adequado.
Existe uma historinha engraçada que ilustra muito bem o caso de alguém que pensa que é chamado por Deus, mas que desconhece totalmente as implicações desse chamado, o que deve estar envolvido em tal compromisso.
Conta-se de certo caipira que trabalhava rotineiramente num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: “Vai, Cristo Chama”. Fiel à visão, correu ao pastor de sua igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse:
— Mas, para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a Sua mensagem?
— E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece?
— As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano.
— Então, conte-a! — Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho.
O caipira começa a falar:
— Descia um homem de Jerusalém para Jerico, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos escutem-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E lhes entregou seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo sua capacidade.
— E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos lhe traziam alimento, pois se alimentava de gafanhoto e mel silvestre. Sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: “Não me contaram nem a metade”.
— Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: “Tiveste cinco maridos, e o homem que tens, não é teu marido”. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendurado pelos cabelos em uma árvore e disse: “Desce daí, pois hoje almoçarei em tua casa”. Veio Dalila e cortou-lhes os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: “Que comeremos?”, pois, o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que o ouviram se admiraram da sua doutrina.
O caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou:
— E então, estou pronto para pregar o evangelho?
— Olha meu filho, disse o pastor; eu acho que aquelas letras que apareceram no céu não significam “Vai, Cristo Chama” e, sim: “Vai Cortar Cana“.
Moral da história:
Muitas pessoas movidas pelas emoções, diariamente fazem o mesmo. Dizem ser chamadas por Deus, pensam saber o que estão fazendo e neste engodo, alguns (que são mais corajosos), saem dos seus empregos, abandonam suas famílias, menosprezam suas igrejas e líderes, lançando-se na obra evangelística dizendo ser “PELA FÉ”. O final de muitas dessas aventuras é decepção e frustração! Por quê? Por não estarem dentro da vontade de Deus.
Deus quer que façamos parte de sua obra salvadora como atores coadjuvantes onde Cristo é o protagonista, porém, nos chama com zelo. Aos que chama, capacita, prepara, aprova e depois envia. Em João 15.16, vemos a escolha divina em nossas vidas com o propósito de frutificarmos permanentemente, frutos que glorificam o Senhor. Na ânsia de fazer algo para Deus, muitos têm se perdido no meio do caminho.
Conta-se também que numa determinada orquestra, em meio a tantos e expressivos instrumentos, havia um homem que tocava uma simples flautinha, num trecho mui pequeno da música. Sentindo-se inferiorizado, pensou: quando chegar meu momento de tocar, vou me omitir, pois sei que ninguém vai notar! E assim ele fez. Ao chegar naquele determinado trecho da música onde deveria tocar, omitiu-se, pensando não ter sido notado. Ao terminar a apresentação, o maestro o chamou e lhe disse: “Por que não tocaste a flauta, cumprindo teu papel dentro do arranjo musical? Pois saibas que fizeste muita falta!”
Às vezes nos sentimos como aquele flautista, insignificantes, infrutíferos e pensamos que se abandonarmos nossa função nem mesmo seremos notados. Porém, o grande maestro, Deus, aquele que fez o arranjo da música, sempre notará seu trabalho e lhe recompensará. Sua flautinha, tocada no lugar certo, será melhor que um naipe de cordas desafinadas.
Deus tem lhe dado aquilo que é melhor para você. Confie Nele e cumpra seu papel. E assim Ele o abençoará muitíssimo e lhe dará um grande ministério. Receba, em nome de Jesus!
Extraído, com permissão, da apostila Chamado, Dons e Fruto do Espírito, do Sistema de Ensino MDA (SEMDA).
Quem permanece no ministério cristão por toda uma vida de serviço, a menos que ame esse trabalho acima de todos os outros, sendo incapaz de fazer qualquer outra coisa além de pregar o evangelho e pastorear o povo de Deus, para quem ele prega semana após semana? O apóstolo Paulo escreve sobre um homem que “coloca o seu coração” neste trabalho (1 Timóteo 3:1). Ele se esforça para fazer disso a suprema vocação da sua vida. Ele não está falando sobre ambição egoísta por prestígio e poder, mas sobre o grandioso privilégio que é cuidar do povo que o Filho de Deus amou e por quem ele sofreu a morte de cruz. Assim sendo, a primeira qualificação para o compromisso de uma vida com o ministério pastoral é um forte desejo interior. Nossa vida é oferecida a Deus para a edificação de seu povo e para a busca do perdido, até que todos, juntamente com você, alcancemos a estatura da plenitude de Cristo.
Claramente, esse anseio deve ser educado e informado. Deve haver uma compreensão dos requisitos do Novo Testamento para o trabalho de pastor-pregador, e não há lugar melhor para descobrir isso nas Escrituras do que através da vida do apóstolo Paulo. Existem alguns aspectos da sua vocação que são aqueles peculiares de um Apóstolo, mas a maior parte da vida de Paulo — sua defesa da fé, seu estabelecimento completo do evangelho da graça, seu caráter íntegro, seu zelo incansável, sua sabedoria em lidar com as tensões de uma congregação — serve de modelo para o ministério. Uma vez que você entender que o seu trabalho deve ser focado principalmente no serviço ao Senhor, então você terá o desejo de saber onde poderá melhor apreciar o que isso requer. O Novo Testamento o ajudará, especialmente a vida de Paulo. Muitas vezes você se perguntará: “Quem está apto para fazer esse trabalho?”, e é essencial que você se pergunte isso ou o orgulho da função e seus poderes, bem como os dons que você tem, vão destruí-lo.
Quem permanecerá em um relacionamento com uma namorada ou um namorado “até que a morte nos separe”, a menos que haja uma profunda devoção àquela pessoa acima de todas as outras, em um compromisso que se baseia no conhecimento e respeito total? Essa é a essência do casamento: deixar todos os outros e unir-se a um só até que Deus os separe pela morte.
Quem permanece no ministério cristão por toda uma vida de serviço, a menos que ame esse trabalho acima de todos os outros, sendo incapaz de fazer qualquer outra coisa além de pregar o evangelho e pastorear o povo de Deus, para quem ele prega semana após semana? O apóstolo Paulo escreve sobre um homem que “coloca o seu coração” neste trabalho (1 Timóteo 3:1). Ele se esforça para fazer disso a suprema vocação da sua vida. Ele não está falando sobre ambição egoísta por prestígio e poder, mas sobre o grandioso privilégio que é cuidar do povo que o Filho de Deus amou e por quem ele sofreu a morte de cruz. Assim sendo, a primeira qualificação para o compromisso de uma vida com o ministério pastoral é um forte desejo interior. Nossa vida é oferecida a Deus para a edificação de seu povo e para a busca do perdido, até que todos, juntamente com você, alcancemos a estatura da plenitude de Cristo.
Claramente, esse anseio deve ser educado e informado. Deve haver uma compreensão dos requisitos do Novo Testamento para o trabalho de pastor-pregador, e não há lugar melhor para descobrir isso nas Escrituras do que através da vida do apóstolo Paulo. Existem alguns aspectos da sua vocação que são aqueles peculiares de um Apóstolo, mas a maior parte da vida de Paulo — sua defesa da fé, seu estabelecimento completo do evangelho da graça, seu caráter íntegro, seu zelo incansável, sua sabedoria em lidar com as tensões de uma congregação — serve de modelo para o ministério. Uma vez que você entender que o seu trabalho deve ser focado principalmente no serviço ao Senhor, então você terá o desejo de saber onde poderá melhor apreciar o que isso requer. O Novo Testamento o ajudará, especialmente a vida de Paulo. Muitas vezes você se perguntará: “Quem está apto para fazer esse trabalho?”, e é essencial que você se pergunte isso ou o orgulho da função e seus poderes, bem como os dons que você tem, vão destruí-lo.
Deixe que esse anseio também seja validado pelos homens mais piedosos, justos e amorosos que você puder conhecer, cujo primeiro amor seja o reino de Deus e seu Rei, e que queiram saber da credibilidade da sua conversão, seu entendimento do trabalho de ministério, sua fidelidade confessional, sua integridade moral, sua maturidade emocional e de seu coração compassivo. Eles vão sondá-lo para garantir que você não tenha “ideias bobas”, e poderão te dizer “não”, “sim” ou “espere um pouco”.
Depois disso, o grande exército de ministros, pastores e evangelistas que se manifestaram ao longo dos últimos dois mil anos da história da igreja também o suprirão com centenas de exemplos de vocação para o serviço de pregador. Os pais da Igreja, os Reformadores, os Puritanos e muitos outros o fartarão como modelos ministeriais.
Juntamente com os que vieram antes, existem os modelos de hoje. Em muitos aspectos, eles são os melhores, especialmente aqueles homens que você conheceu que, pela providência de Deus, são seus contemporâneos. Eles são um pouco mais velhos ou mais novos do que você, mas parecem ser gigantes. Eles são cristãos há muitos anos; sentaram-se aos pés de uma rica pregação bíblica; têm lido muito e desenvolveram opiniões sensatas sobre o significado de passagens-chave, textos e doutrinas da Bíblia. Você agradecerá a Deus por tê-los em sua vida. A amizade com eles no seminário perdura desde a ordenação e ao longo das diferentes peregrinações que Deus planeja para você. Nenhuma semana passa sem que vocês se falem ao telefone e mandem e-mail um para o outro. Você compartilha problemas pastorais, estratégias de gestão, livros recentes, participação em conferências e as bênçãos e dificuldades da vida ministerial. Quando o chamado para uma nova esfera chega até você, eles são aqueles, depois de sua esposa, cujos conselhos e orações você mais anseia. O ministério não é lugar para homens solitários ou sem amigos.
Se você tem a benção de ter um pregador como o seu exemplo, o perigo é óbvio: você pode optar por imitar aqueles aspectos dos dons dele que forem mais fáceis de reproduzir. É um perigo muito grande. Por exemplo, você pode considerar o fato dele fazer poucas visitas domiciliares, visto que sua paróquia se localiza no centro da cidade, como uma justificativa para o seu abandono desta indispensável tarefa pastoral. É essencial que você tenha mais de um modelo pastoral. Quanto mais pastores você conhecer, mais fácil será a realização de um ministério mais completo.
Acima de tudo, é o Senhor que faz com que os homens sejam pescadores de homens. Houve homens cujos dons eram limitados, mas sua dependência no Senhor era sincera. Alguns deles, como David Brainerd, sofreram com a melancolia, mas foram feitos pescadores de homens. Com pouco conhecimento da história da igreja, com poucos amigos ou uma congregação espiritual para apoiá-los, eles foram, como José, armados com a Palavra de Deus, ao coração de seus próprios Egitos e Reinos das trevas. Ao lançarem-se a Deus, eles superaram poderosas tentações da carne e da solidão da vida na prisão sem a voz amiga de outro cristão, e lá subjugaram reinos poderosos e alcançaram as promessas de Deus de construir a Sua Igreja, trabalharam em obras de justiça para as quais olhamos e observamos, a partir de nossos estilos de vida atuais e luxuosos, enquanto humildemente nos maravilhamos e repreendemos a nossa autopiedade.
Chamado e vocação são aptidões que conduzem o indivíduo em direção ao seu trabalho, a sua proposta de vida. Todas as profissões de sucesso passam, invariavelmente, por um chamado e vocação. Pessoas podem até exercer bem atividades para as quais não têm vocação, mas o índice de aproveitamento e satisfação fica prejudicado.
ResponderExcluirO mais elevado de todos os chamados é o chamado para ser um ministro do evangelho de Jesus Cristo. Nada pode ser mais sublime, nada produz mais contentamento e realização.
Hoje o ministério do evangelho foi rebaixado ao nível de uma profissão igual às outras ocupações comuns. E muito freqüente você encontrar nos classificados de jornais americanos, canadenses, australianos e europeus anúncios procurando pastores. Por exemplo:
Igreja Batista procura pastor de jovens. Paga-se bem. Currículos para o endereço…”
“Igreja procura pastor titular. 150 membros, prédio climatizado, atmosfera agradável. Salário a combinar + seguro saúde + moradia + auxílio combustível”.
As igrejas de Cristo sempre sustentaram que ninguém que não tenha sido claramente chamado por Deus deve pregar o evangelho. Os conselhos de ordenação de muitas denominações sempre pedem ao candidato que relate seu chamado antes de procederem para o aspecto doutrinário do exame.
“VAI, CRISTO CHAMA!”
ResponderExcluirO chamado para o ministério é algo sublime, elevado, a tarefa mais nobre que alguém pode exercer sobre a Terra. Contudo, não podemos fazê-lo de qualquer maneira, pois Aquele que nos chama requer de nós excelência, dedicação e preparo adequado.
Existe uma historinha engraçada que ilustra muito bem o caso de alguém que pensa que é chamado por Deus, mas que desconhece totalmente as implicações desse chamado, o que deve estar envolvido em tal compromisso.
Conta-se de certo caipira que trabalhava rotineiramente num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: “Vai, Cristo Chama”. Fiel à visão, correu ao pastor de sua igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse:
— Mas, para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a Sua mensagem?
— Claro que sim! — Disse o homem.
ResponderExcluir— E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece?
— As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano.
— Então, conte-a! — Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho.
O caipira começa a falar:
— Descia um homem de Jerusalém para Jerico, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos escutem-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E lhes entregou seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo sua capacidade.
— E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos lhe traziam alimento, pois se alimentava de gafanhoto e mel silvestre. Sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: “Não me contaram nem a metade”.
— Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: “Tiveste cinco maridos, e o homem que tens, não é teu marido”. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendurado pelos cabelos em uma árvore e disse: “Desce daí, pois hoje almoçarei em tua casa”. Veio Dalila e cortou-lhes os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: “Que comeremos?”, pois, o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que o ouviram se admiraram da sua doutrina.
O caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou:
— E então, estou pronto para pregar o evangelho?
— Olha meu filho, disse o pastor; eu acho que aquelas letras que apareceram no céu não significam “Vai, Cristo Chama” e, sim: “Vai Cortar Cana“.
Moral da história:
Muitas pessoas movidas pelas emoções, diariamente fazem o mesmo. Dizem ser chamadas por Deus, pensam saber o que estão fazendo e neste engodo, alguns (que são mais corajosos), saem dos seus empregos, abandonam suas famílias, menosprezam suas igrejas e líderes, lançando-se na obra evangelística dizendo ser “PELA FÉ”. O final de muitas dessas aventuras é decepção e frustração! Por quê? Por não estarem dentro da vontade de Deus.
Deus quer que façamos parte de sua obra salvadora como atores coadjuvantes onde Cristo é o protagonista, porém, nos chama com zelo. Aos que chama, capacita, prepara, aprova e depois envia. Em João 15.16, vemos a escolha divina em nossas vidas com o propósito de frutificarmos permanentemente, frutos que glorificam o Senhor. Na ânsia de fazer algo para Deus, muitos têm se perdido no meio do caminho.
Conta-se também que numa determinada orquestra, em meio a tantos e expressivos instrumentos, havia um homem que tocava uma simples flautinha, num trecho mui pequeno da música. Sentindo-se inferiorizado, pensou: quando chegar meu momento de tocar, vou me omitir, pois sei que ninguém vai notar! E assim ele fez. Ao chegar naquele determinado trecho da música onde deveria tocar, omitiu-se, pensando não ter sido notado. Ao terminar a apresentação, o maestro o chamou e lhe disse: “Por que não tocaste a flauta, cumprindo teu papel dentro do arranjo musical? Pois saibas que fizeste muita falta!”
Às vezes nos sentimos como aquele flautista, insignificantes, infrutíferos e pensamos que se abandonarmos nossa função nem mesmo seremos notados. Porém, o grande maestro, Deus, aquele que fez o arranjo da música, sempre notará seu trabalho e lhe recompensará. Sua flautinha, tocada no lugar certo, será melhor que um naipe de cordas desafinadas.
Deus tem lhe dado aquilo que é melhor para você. Confie Nele e cumpra seu papel. E assim Ele o abençoará muitíssimo e lhe dará um grande ministério. Receba, em nome de Jesus!
Extraído, com permissão, da apostila Chamado, Dons e Fruto do Espírito, do Sistema de Ensino MDA (SEMDA).
Quem permanece no ministério cristão por toda uma vida de serviço, a menos que ame esse trabalho acima de todos os outros, sendo incapaz de fazer qualquer outra coisa além de pregar o evangelho e pastorear o povo de Deus, para quem ele prega semana após semana? O apóstolo Paulo escreve sobre um homem que “coloca o seu coração” neste trabalho (1 Timóteo 3:1). Ele se esforça para fazer disso a suprema vocação da sua vida. Ele não está falando sobre ambição egoísta por prestígio e poder, mas sobre o grandioso privilégio que é cuidar do povo que o Filho de Deus amou e por quem ele sofreu a morte de cruz. Assim sendo, a primeira qualificação para o compromisso de uma vida com o ministério pastoral é um forte desejo interior. Nossa vida é oferecida a Deus para a edificação de seu povo e para a busca do perdido, até que todos, juntamente com você, alcancemos a estatura da plenitude de Cristo.
ResponderExcluirClaramente, esse anseio deve ser educado e informado. Deve haver uma compreensão dos requisitos do Novo Testamento para o trabalho de pastor-pregador, e não há lugar melhor para descobrir isso nas Escrituras do que através da vida do apóstolo Paulo. Existem alguns aspectos da sua vocação que são aqueles peculiares de um Apóstolo, mas a maior parte da vida de Paulo — sua defesa da fé, seu estabelecimento completo do evangelho da graça, seu caráter íntegro, seu zelo incansável, sua sabedoria em lidar com as tensões de uma congregação — serve de modelo para o ministério. Uma vez que você entender que o seu trabalho deve ser focado principalmente no serviço ao Senhor, então você terá o desejo de saber onde poderá melhor apreciar o que isso requer. O Novo Testamento o ajudará, especialmente a vida de Paulo. Muitas vezes você se perguntará: “Quem está apto para fazer esse trabalho?”, e é essencial que você se pergunte isso ou o orgulho da função e seus poderes, bem como os dons que você tem, vão destruí-lo.
Dentro do espectro da vocação ministerial, é relevante considerar, de acordo com as epístolas de 1 e 2 Tessalonicenses (os livros mais explícitos sobre a obra do ministério), as responsabilidades básicas do pastor, que são:
ResponderExcluir• Orar – 1 Ts 1.2,3; 3.9-13
• Evangelizar – 1 Ts 1.4,5,9,10
• Capacitar – 1 Ts 1.6-8
• Defender – 1 Ts 2.1-6
• Amar – 1 Ts 2.7,8
• Labutar – 1 Ts 2.9
• Exemplificar – 1 Ts 2.10
• Liderar – 1 Ts 2.10-12
• Alimentar – 1 Ts 2.13
• Vigiar – 1 Ts 3.1-8
• Alertar – 1 Ts 4.1-8
• Ensinar – 1 Ts 4.9-5.11
• Exortar – 1 Ts 5.12-24
• Encorajar – 2 Ts 1.3-12
• Corrigir – 2 Ts 2.1-12
• Confrontar – 2 Ts 3.6,14
• Resgatar – 2 Ts 3.15
Quem permanecerá em um relacionamento com uma namorada ou um namorado “até que a morte nos separe”, a menos que haja uma profunda devoção àquela pessoa acima de todas as outras, em um compromisso que se baseia no conhecimento e respeito total? Essa é a essência do casamento: deixar todos os outros e unir-se a um só até que Deus os separe pela morte.
ResponderExcluirQuem permanece no ministério cristão por toda uma vida de serviço, a menos que ame esse trabalho acima de todos os outros, sendo incapaz de fazer qualquer outra coisa além de pregar o evangelho e pastorear o povo de Deus, para quem ele prega semana após semana? O apóstolo Paulo escreve sobre um homem que “coloca o seu coração” neste trabalho (1 Timóteo 3:1). Ele se esforça para fazer disso a suprema vocação da sua vida. Ele não está falando sobre ambição egoísta por prestígio e poder, mas sobre o grandioso privilégio que é cuidar do povo que o Filho de Deus amou e por quem ele sofreu a morte de cruz. Assim sendo, a primeira qualificação para o compromisso de uma vida com o ministério pastoral é um forte desejo interior. Nossa vida é oferecida a Deus para a edificação de seu povo e para a busca do perdido, até que todos, juntamente com você, alcancemos a estatura da plenitude de Cristo.
Claramente, esse anseio deve ser educado e informado. Deve haver uma compreensão dos requisitos do Novo Testamento para o trabalho de pastor-pregador, e não há lugar melhor para descobrir isso nas Escrituras do que através da vida do apóstolo Paulo. Existem alguns aspectos da sua vocação que são aqueles peculiares de um Apóstolo, mas a maior parte da vida de Paulo — sua defesa da fé, seu estabelecimento completo do evangelho da graça, seu caráter íntegro, seu zelo incansável, sua sabedoria em lidar com as tensões de uma congregação — serve de modelo para o ministério. Uma vez que você entender que o seu trabalho deve ser focado principalmente no serviço ao Senhor, então você terá o desejo de saber onde poderá melhor apreciar o que isso requer. O Novo Testamento o ajudará, especialmente a vida de Paulo. Muitas vezes você se perguntará: “Quem está apto para fazer esse trabalho?”, e é essencial que você se pergunte isso ou o orgulho da função e seus poderes, bem como os dons que você tem, vão destruí-lo.
ResponderExcluirDeixe que esse anseio também seja validado pelos homens mais piedosos, justos e amorosos que você puder conhecer, cujo primeiro amor seja o reino de Deus e seu Rei, e que queiram saber da credibilidade da sua conversão, seu entendimento do trabalho de ministério, sua fidelidade confessional, sua integridade moral, sua maturidade emocional e de seu coração compassivo. Eles vão sondá-lo para garantir que você não tenha “ideias bobas”, e poderão te dizer “não”, “sim” ou “espere um pouco”.
Depois disso, o grande exército de ministros, pastores e evangelistas que se manifestaram ao longo dos últimos dois mil anos da história da igreja também o suprirão com centenas de exemplos de vocação para o serviço de pregador. Os pais da Igreja, os Reformadores, os Puritanos e muitos outros o fartarão como modelos ministeriais.
ResponderExcluirJuntamente com os que vieram antes, existem os modelos de hoje. Em muitos aspectos, eles são os melhores, especialmente aqueles homens que você conheceu que, pela providência de Deus, são seus contemporâneos. Eles são um pouco mais velhos ou mais novos do que você, mas parecem ser gigantes. Eles são cristãos há muitos anos; sentaram-se aos pés de uma rica pregação bíblica; têm lido muito e desenvolveram opiniões sensatas sobre o significado de passagens-chave, textos e doutrinas da Bíblia. Você agradecerá a Deus por tê-los em sua vida. A amizade com eles no seminário perdura desde a ordenação e ao longo das diferentes peregrinações que Deus planeja para você. Nenhuma semana passa sem que vocês se falem ao telefone e mandem e-mail um para o outro. Você compartilha problemas pastorais, estratégias de gestão, livros recentes, participação em conferências e as bênçãos e dificuldades da vida ministerial. Quando o chamado para uma nova esfera chega até você, eles são aqueles, depois de sua esposa, cujos conselhos e orações você mais anseia. O ministério não é lugar para homens solitários ou sem amigos.
Se você tem a benção de ter um pregador como o seu exemplo, o perigo é óbvio: você pode optar por imitar aqueles aspectos dos dons dele que forem mais fáceis de reproduzir. É um perigo muito grande. Por exemplo, você pode considerar o fato dele fazer poucas visitas domiciliares, visto que sua paróquia se localiza no centro da cidade, como uma justificativa para o seu abandono desta indispensável tarefa pastoral. É essencial que você tenha mais de um modelo pastoral. Quanto mais pastores você conhecer, mais fácil será a realização de um ministério mais completo.
Acima de tudo, é o Senhor que faz com que os homens sejam pescadores de homens. Houve homens cujos dons eram limitados, mas sua dependência no Senhor era sincera. Alguns deles, como David Brainerd, sofreram com a melancolia, mas foram feitos pescadores de homens. Com pouco conhecimento da história da igreja, com poucos amigos ou uma congregação espiritual para apoiá-los, eles foram, como José, armados com a Palavra de Deus, ao coração de seus próprios Egitos e Reinos das trevas. Ao lançarem-se a Deus, eles superaram poderosas tentações da carne e da solidão da vida na prisão sem a voz amiga de outro cristão, e lá subjugaram reinos poderosos e alcançaram as promessas de Deus de construir a Sua Igreja, trabalharam em obras de justiça para as quais olhamos e observamos, a partir de nossos estilos de vida atuais e luxuosos, enquanto humildemente nos maravilhamos e repreendemos a nossa autopiedade.
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