APRESENTAÇÃO

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Campinas, S P, Brazil
Bacharel em Teologia pela FAETEPE.( PETROS ) Ensinador e Pregador da Palavra do Senhor

terça-feira, 27 de março de 2012

""" A GRANDE REFORMA """


A Manassés se credita o mais longo reinado da história de Judá (2 Rs 21.1-17; 2 Cr 33.1-20); incluindo a década da co-regência com Ezequias, foi rei por um dilatado período de cinqüenta e cinco anos (696-642 a.C.). mas o governo foi a antítese do de seu pai. Desde o pináculo do fervor religioso, o Reino do Sul foi lançado a mais negra idolatria que se conheceu sob o mando de Manassés. Em caráter e na prática, se parecia com seu avô, Acaz, ainda que este último tivesse morrido antes do nascimento de Manassés. Muito provavelmente, Manassés não começasse a revirar a política de seu pai até depois de sua morte.
Voltando a construir os "lugares altos", erigindo altares a Baal e construindo aserins, Manassés assumiu a imposição de uma tremenda idolatria, tal e como Acabe e Jezabel tinham praticado no Reino do Norte. Mediante ritos religiosos e cerimônias, se instituiu o culto às estrelas e aos planetas. Inclusive a deidade amonita Moloque foi reconhecida pelo rei hebraico, no sacrifício de crianças no vale de Hinom, nos arredores de Jerusalém. Os sacrifícios humanos eram um dos mais abomináveis rituais da prática do paganismo cananeu, e foi associado pelo salmista com o culto ao demônio (Salmo 106.36-37). A astrologia, a adivinhação e o ocultismo foram oficialmente sancionados como práticas comuns. Em aberto desafio ao verdadeiro Deus, os altares para o culto das hostes celestiais foram colocados nos átrios do templo, com imagens entalhadas de Asera, a esposa de Baal, e também introduzidas no templo. Além disso, Manassés derramou muito sangue inocente. Parece razoável inferir que muitas das vozes de protesto diante de semelhante monstruosa idolatria fossem afogadas em sangue (2 Rs 21.16). Já que a última menção do grande profeta Isaias está associada com Ezequias no relato bíblico, é correto supor que seja verdade o martírio de Isaias pelo malvado rei Manassés. A moral e as condições religiosas em Judá foram piores que as daquelas nações que tinham sido exterminadas ou expulsadas de Canaã. Manassés, deste modo, representa o ponto mais baixo da perversidade na longa lista dos reis da dinastia de Davi. Os juízos preditos por Isaias eram coisa segura para chegar.
Os relatos históricos não indicam a extensão do que Manassés pôde ter sido influenciado pela Assíria em sua conduta e política idólatra. Assíria alcançou o pináculo da riqueza e prestígio sob Esar-Hadom e Assurbanipal. Sem discussão, Manassés obteve o favor político da Assíria mediante a vassalagem, enquanto Esar-Hadom (681-669 a.C.) estendeu seu controle até o Egito. Em contraste com Senaqueribe, Esar-Hadom adotou uma política conciliatória e reconstruiu Babilônia. No 678 subjugou Tiro, embora o populacho escapou às fortalezas próximas das ilhas. Mênfis foi ocupada no 673 e poucos anos mais tarde Tiraca, o último rei da XXV Dinastia, foi capturado. Em sua lista de vinte e dois reis desde a nação hetéia, Esar-Hadom menciona a Manassés, rei de Judá, entre aqueles que fizeram uma obrigada visita a Nínive no 678 a.C. embora a Babilônia tinha sido reconstruída por aquela época, nem resulta para nada seguro que fosse tomada por Esar-Hadom [1]. Com a destruição de Tebas no 663 a.C., Assurbanipal estendeu o poder assírio a 805 km ao longo do Nilo, até o Alto Egito. Uma sangrenta guerra civil estremeceu todo o império assírio (652) na rebelião de Samasumukim. Com o tempo, a insurreição chegou a seu clímax com a conquista da Babilônia no 648, e outras rebeliões tinham explodido na Síria e na Palestina. Judá pôde ter participado, unindo-se a Edom e Moabe, que estão mencionadas nas inscrições assírias [2]. A autonomia de Moabe terminou naquele tempo e o rei de Judá, Manassés, foi feito prisioneiro e levado para a Babilônia, e depois libertado (2 Cr 33.10-13).
Apesar de não termos uma definitiva informação cronológica para datar o tempo exato do cativeiro de Manassés e sua libertação, o relato bíblico está a favor da última década de seu reinado. Se tiver sido capturado no 648 e inclusive devolvido a Jerusalém como rei vassalo no mesmo ano, teve relativamente pouco tempo para desfazer as práticas religiosas que tinha sustentado e favorecido durante tantos anos. contudo, se arrependeu no cativeiro e então reconheceu a Deus. numa reforma que começou em Jerusalém, deu exemplo do temor de Deus e ordenou ao povo de Judá servir ao Senhor Deus de Israel. Resulta duvidoso que esta reforma fosse efetiva, dado que aqueles que tinham servido sob Ezequias e rendido o verdadeiro culto, tinham sido anteriormente expulsados ou executados.


segunda-feira, 26 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012









""" REI ASA """ 1 Reis 15:9-24 e 2 Crônicas 14 a 16
Podemos dar agora um suspiro de alívio. Apesar da infidelidade de Salomão, Roboão e Abias, o SENHOR, por amor de Davi, lhe deu uma "lâmpada" em Jerusalém, levantando Asa, filho de Abias, e dando estabilidade a Jerusalém. Asa foi rei de Judá por quarenta e um anos, e a Bíblia nos diz que "fez o que era reto perante o SENHOR, como Davi, seu pai."

Aparentemente sua avô Maaca, descendente de Absalão, tinha tido muita influência sobre Roboão e Abias, mas Asa não se deixou influenciar por ela, ao contrário, por causa da sua idolatria ele a afastou da posição influente de rainha-mãe que ainda ocupava.

Asa foi fiel ao SENHOR Deus de Israel, e procedeu a fazer uma limpeza do território sob seu controle: tirou da terra os prostitutos-cultuais e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram, bem como destruiu o poste-ídolo e queimou uma abominável imagem que Maaca construíra.

Os altos, porém, não foram tirados: segundo consta, sacrifícios continuavam a ser oferecidos ao SENHOR em "lugares altos" durante os tempos dos reis de Israel (1 Samuel 9:12), que não condiziam com os estatutos da lei de Moisés.

O uso de um lugar no pico da elevação mais destacada em um território para a construção de um altar parece ser uma prática antiquíssima e universal. A prática em si não era má (Gênesis 12:7,8; 22:2-4; 31:54; Juízes 6:25,26; 13:16-23), e era aceita enquanto não fosse construída uma casa para o nome do SENHOR(1 Reis 3:2).

Depois de instituído o templo em Jerusalém, porém, entrou em vigor a proibição existente na lei para a adoração em outros lugares (Deuteronômio 12:10-14; 2 Crônicas 7:12), e os lugares altos a partir de então se identificavam com as práticas idólatras.

Mas a tradição era tão forte que, mesmo depois de consagrado o templo, os lugares altos continuaram a ser usados, inclusive para sacrifícios ao SENHOR. O rei Asa permitiu que essa tradição continuasse, mas nunca se envolveu com idolatria.

Durante o reino de Roboão, o rei do Egito havia se apossado de todos os tesouros que Salomão havia acumulado no templo e no palácio real. Agora Asa reuniu as coisas de prata, ouro e objetos de utilidade que haviam sido consagradas por seu pai e as coisas que ele mesmo consagrara, e as levou para o templo.

Por causa da sua fidelidade, o SENHOR deu paz e prosperidade ao reinado de Asa durante os primeiros dez anos. Ele prudentemente os aproveitou para fortificar as suas cidades, e preparar o seu exército.

No décimo ano houve uma guerra contra Zerá, o etíope, que veio contra eles com um exército muito mais poderoso. Mas Asa confiou no SENHOR e com isso ganhou uma extraordinária vitória, destruindo todo o exército inimigo e voltando com grande despojo.

O Espírito de Deus falou a Asa através de Azarias, filho do sumo sacerdote Odede, declarando que o SENHOR sempre estaria com Asa e as tribos de Judá e Benjamim, desde que estivessem também com Ele. Essa tinha sido a experiência do povo de Israel. Se fossem fortes e perseverantes, seriam também recompensados (1 Cor.15:58).

Animado com isto, Asa prosseguiu com a limpeza, eliminando toda a idolatria na terra de Judá e de Benjamim, e cidades que havia tomado nos arredores em Efraim; e renovou o altar do SENHOR, diante do templo.

No décimo quinto ano do seu reinado ele congregou em Jerusalém todos os seus súditos, que agora incluíam também muitos fiéis ao SENHOR que haviam por isso imigrado do reino no norte. Depois de oferecerem ao SENHOR um sacrifício considerável, entraram em aliança de buscarem ao SENHOR, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma; também concordaram que todo aquele que não buscasse ao SENHOR, Deus de Israel, morresse, homem, mulher ou criança. Houve grande júbilo por causa disso, com clarins, e com trombetas, e SENHOR lhes deu paz por toda parte.

No trigésimo quinto ano do seu reinado surgiu uma forte ameaça por parte de Baasa, o rei de Israel, que edificou a Ramá, para impedir o trânsito entre os dois reinos.

Temeroso, Asa subornou Ben-Hadade, rei da Síria, com objetos de ouro e prata tirados do templo e da sua casa, para que ele atacasse o norte de Israel. Baasa correu com os seus homens para o norte para defender seu território e Asa aproveitou-se disto para demolir Ramá e aproveitar o material para construir duas cidades fortes para si.

Por causa da sua falta de fé nesta ocasião, tendo recorrido a um exército inimigo para livrá-lo, o SENHOR mandou um vidente, Hanani, dizer-lhe que não teria mais paz.

Asa enfureceu-se com o vidente por causa das suas palavras, e lançou-o no cárcere, no tronco, bem como oprimiu alguns do povo.

No trigésimo nono ano do seu reinado, Asa teve uma doença grave nos pés, mas recorreu aos médicos ao invés do SENHOR. Morreu dois anos depois. Triste fim de um reinado abençoado.

quinta-feira, 8 de março de 2012

""" QUAL MACIEIRA ENTRE AS ÁRVORES DO BOSQUE, TAL É O MEU AMADO """

quarta-feira, 7 de março de 2012

""" O MAR MORTO """






O Mar Morto, localiza-se em Israel, está abaixo do nível do mar cerca de 400 metros e é o ponto mais baixo no nosso planeta.

Como deve ser do conhecimento geral, o Mar Morto está em risco de desaparecimento, mas se o tornarmos como uma das 7 maravilhas do Mundo, então, as hipóteses de sobreviver irão aumentar, de acordo com os ambientalistas. Segundo previsões actuais, dentro de 40 anos, esse enorme lago e extremamente salgado poderá vir a tornar-se numa poça de água.

O Mar morto com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilómetros e a uma largura máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia.

O Mar Morto recebe as águas do rio Jordão, que por sua vez as recebe do Mar da Galileia.

Como nos últimos 10 anos tem chovido muito pouco, a Galileia tem sido impedida de fornecer a quantidade de água suficiente para manter o original volume de caudal do rio Jordão.



O Mar Morto tem esse nome devido a grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida - flora ou fauna - em suas águas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior.

Não se esqueçam, que tanto a Galileia, rio Jordão e Mar Morto são locais também comuns ao Cristianismo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

""" PARA ONDE JESUS VAI """




E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.

E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.

Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.

E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.
Lucas 9:57-62
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.

E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.

Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.

E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.
Lucas 9:57-62
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.

E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.

Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.

E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.
Lucas 9:57-62

sábado, 18 de fevereiro de 2012





""" O CASAMENTO JACÓ E RAQUEL """

Jacó Sabia quem era o Deus de seus antecedentes, mas ainda não havia tido experiências pessoais com Ele. A partir do momento em que foge de casa, inevitavelmente é a hora de crescer – também espiritualmente.

Esse era o tempo de ganhar maturidade, experiência de vida. Em nossa vida material e espiritual precisamos crescer, ter comunhão pessoal com Deus, deixar de depender dos pais, cônjuge ou algum amigo para irmos a igreja. A salvação é individual e deve partir de cada um de nós querer ter intimidade com o Salvador.

Quando estamos sob a vontade diretiva de Deus, Ele guia todas as áreas de nossas vidas, inclusive nossos sentimentos. Agora o patriarca estava disposto a viver conforme a ordenança do Pai, tornando-se responsável e maduro. O casamento é um indício desse crescimento; para constituir família, o homem e a mulher necessitam de uma mudança de comportamento, um nível mais alto de responsabilidade.

Em Jacó esse sentimento despertou ao ver Raquel pela primeira vez. Com certeza, Deus já trabalhava em seu coração, a esta altura aberto para a vontade suprema do Criador. Embora toda essa mudança não tenha preservado das conseqüências de suas atitudes com Isaque e Esaú.

Rebeca indicou a casa de Labão, seu irmão, em Padã-Harã, para a fuga de seu filho. E, segundo a cultura local, as filhas se casavam por ordem de idade. Jacó não fora informado disto nem mesmo pelo tio, trabalhando durante sete anos antes de casar com Raquel como forma de pagar o dote requerido pela família. Porém, Labão o enganou e no dia do casamento entregou Léia, sua filha mais velha.

Assim sendo, Jacó, que nunca fora chegado ao trabalho pesado, acabou por servir a Labão por mais sete anos, pois amava muito Raquel e não abriu mão de se casar com ela (Gênesis 29.27, 28).

Deus é sábio em suas atitudes e conhece o coração humano. Raquel era estéril e, embora desprezada, Léia foi a progenitora da linhagem do Messias, através da tribo de Judá. Este não era o primogênito, porém foi quem recebeu a herança espiritual da família, à semelhança de seu pai.

Todavia, Deus também é misericordioso e fiel em suas palavras. Para cumprir Sua promessa, Raquel teve dois filhos, José e Benjamim. E com o nascimento dos 12 filhos de Jacó (quatro das concubinas e seis de Léia, que também foi mãe de Diná), vemos o começo da ação diretiva do Criador sobre a vida desse patriarca.

Um passado de erros serve para ser analisado e não repetido. Porém, quando deixamos Deus trabalhar em nossas vidas, o presente e o futuro são de bênçãos e promessas cumpridas.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

" QUANDO EU ERA MENINO,DESCORRIA COMO MENINO "











O CARACTER DO CRISTÃO """
Que a graça do Senhor faça vc resplandecer em tudo.

CARÁTER DE CRISTO EM NÓS“ Deus quer produzir frutos em nós.”
JO 15 - (As varas que dão frutos são as mais podadas, porque assim estarão sempre produzindo.)

Qual o propósito do tratamento de Deus nas nossas vidas?

1-TRANSFORMAR O CRISTÃO À IMAGEM DE CRISTO
1 Co 3:18-“ E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

TRANSFORMAR: mudança completa de um formato em outro.

Ex: (processo de transformação da lagarta em borboleta).

O cristão também deve passar por transformação a cada dia.

2. LIMPAR TODA SUJEIRA

Is. 1: 22-25 – Deus quer nos tornar puros. Nós somos como o metal, preparados para o uso. Toda sujeira e sobras são trazidas à superfície para serem lançadas fora. Nestes últimos dias, Deus está removendo todas as escórias dos seus líderes, pois Ele quer o desenvolvimento do caráter em todos os líderes.
3. DEUS QUER LIMPAR AS NOSSAS VESTES
Em Ml 3:2 diz que JESUS é como fogo dos ourives e como sabão dos lavandeiros.

Ele sabe como nos lavar (bater) sem nos machucar, sabe limpar as nossas vestes. Limpar o nosso coração de toda imundície.

4. PREPARAR VASOS PARA SERVÍ-LO
2 Tm 2: 19-20(O barro na mão do oleiro)
Deus quer que sejamos vasos de honra.
Nós devemos expor desde cedo as nossas falhas à Deus, para sermos tratados e curados, assim seremos vasos de honra.Sermos curados para curar.

5. DEUS QUER TRAZER CRESCIMENTO ÀS NOSSAS VIDAS
Em Is. 54:2...” amplia o espaço de tua tenda.’” Deus quer ampliar a capacidade de cada um de nós, a capacidade de liderar a Sua Casa, a fim de receber mais do Senhor.

Em Is. 60:5 diz que o coração da pessoa pode ser dilatado a fim de que seu depósito espiritual também aumente.

Deus tem interesse em expandir o nosso ministério para darmos frutos.

6. DEUS QUER NOS LEVAR A UMA BUSCA INTENSA

O calor das batalhas é para aproximarmos mais de Deus. Os tratamentos são para motivar o homem a se voltar para Deus como a sua única força. Um líder deve aprender a buscar a Deus em tempos difíceis, para poder ajudar outros. É a experiência que nos capacita a conduzir outros.

7. DEUS QUER MAIS DO SEU ESPÍRITO EM NOSSAS VIDAS
Ser cheio do Espírito é uma ordem. Ef.5:18, nessa passagem o Senhor nos fala para não nos embriagarmos com vinho, onde a dissoluções, mas nos encher do seu Espírito. Amados isso é bom demais.

Vamos deixar as picuinhas de lado, e vamos buscar ter uma vida transformada, uma vida de santidade e adoração, e que o nosso coração seja por inteiro do Senhor.

Você não morrerá enquanto não se cumprir em ti, todos os sonhos que o Senhor sonhou pra ti.Deus é fiel.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

""" AS DOZE PORTAS EM JERUSALEM """

Tal
como o povo de Israel foi levado cativo para a Babilônia em três etapas
-primeiramente nos tempos de Jeoaquim, em seguida dos tempos de Jeoaquim e por
último no décimo primeiro ano de Zedequias- assim também retornaram para a sua
terra em etapas.
Primeiro o rei Ciro deu ordem para restaurar
o templo, de levar os utensílios que estavam na Babilônia para a casa de Deus, a
qual estava destruída. Então Ciro enviou a Zorobabel e a Jesuá, quem restaurou
primeiro o altar e depois o templo. Em seguida, cinqüenta e oito anos depois,
veio Esdras e adornou o templo, e também abriu as Escrituras. Treze anos depois
chegou Neemias, para restaurar os muros, as portas e a cidade em si.
Queremos nos concentrar em Neemias, na
restauração do muro e das portas. É um retrato do que é a vida da igreja em vias
de restauração, para chegar a ser como Filadélfia, que é o que o Senhor quer
hoje.
Para que serve um muro? Por um lado, para
proteger, mas também serve para separar. Um muro serve para excluir e também
para incluir. A cristandade tem o mundo; a vida da igreja não tem mundo. Então,
estes muros de separação têm as suas portas, e estas portas, de uma maneira
gradativa, representam a restauração do cristão individual e também da vida da
igreja.
Jerusalém representa o centro de adoração.
Antes havia outros centros de adoração. Por exemplo, nos tempos de Salomão, se
fazia oração e sacrifícios em Gilgal, em Siló e em outras partes. Mas a glória
de Deus abandonou Siló. Deus não admite outro centro de adoração que não seja
Jerusalém. Igualmente, Deus não admite agora outro centro de adoração que não
seja a vida da igreja.
A Porta das
Ovelhas
Em Neemias 3:1
fala da porta das Ovelhas. A primeira coisa que foi restaurada foi a porta das
Ovelhas. Isto representa o novo nascimento. Representa também, quando se refere
a Cristo, que o nosso Senhor Jesus, quando veio pela primeira vez, veio como
ovelha, e entrou por essa porta, montado em um jumentinho filho de jumenta, e
foi ovacionado até pelos meninos.
Quando ele
retornar pela segunda vez entrará pela porta Oriental, já não como ovelha, mas
sim como leão. Não virá para ser julgado na cruz, mas virá como rei.
A porta das
Ovelhas nos fala da entrada para a vida da igreja. Ninguém pode entrar a não ser
por Cristo. O Senhor disse: "Eu sou a porta; aquele que entrar por mim, será
salvo".
Vemos que as
demais portas tinham os seus ferrolhos e as suas fechaduras; mas a porta das
Ovelhas foi deixada sem ferrolhos, ou pelo menos não é mencionado. Mas é
necessário que a porta tenha ferrolhos. Não podemos admitir qualquer um na vida
da igreja, não podemos ser totalmente inclusivos de uma maneira ingênua,
incluindo toda classe de pessoas, mas somente ovelhas. Por isso são necessários
os ferrolhos.
Os ferrolhos
falam dos nossos pastores. Em Atos capítulo 20 diz: "...olhai por todo o rebanho
em que o Espírito Santo vos constituiu por bispos, para apascentar a igreja do
Senhor, a qual ele comprou por seu próprio sangue. Porque eu sei que depois da
minha partida entrarão no meio de vós lobos vorazes, que não perdoarão o
rebanho".
Esta porta das
Ovelhas, em certo sentido, esteve sem ferrolhos depois do século I. Nos tempos
de Pérgamo, começaram a entrar não somente ovelhas, mas também lobos. Mais tarde
vemos como se juntou a igreja com o Estado, e depois de Pérgamo degradou em
Tiatira, que é o romanismo. Depois passou para Sardes, que significa a igreja
protestante, e depois passa de Sardes a Filadélfia e dali a
Laodicéia.
A Porta do
Pescado
Em seguida
vemos a porta do Pescado. Depois que uma pessoa foi salva, o primeiro desejo que
tem é pescar homens. Quando o nosso amado irmão Paulo se converteu ao Senhor,
diz a palavra: "E em seguida pregava".
Isto é
necessário na vida da igreja. Digo-o porquê muitas vezes apascentamos a nós
mesmos e não somos pescadores de homens. O Senhor deseja que sejamos pescadores
de homens. A vida da igreja não somente é escutar grandes doutrinas e pouca vida
prática. O Senhor quer antes vida prática. E qual é a vida mais prática que
madeirar a porta do Pescado, ou seja, ser pescadores de homens?
O Senhor disse
aos seus discípulos: "Vinde após mim, e vos farei pescadores de homens". Também
diz Isaías 52:7: "Quão formosos são sobre os montes os pés daquele que traz as
boas novas, do que anuncia a paz ... do que anuncia a salvação, do que diz a
Sião: O teu Deus reina!". Primeiro anuncia salvação, fazendo compreender o
evangelho da graça, e depois anuncia 'O Teu Deus reina', referindo-se ao
evangelho do reino.
Realmente, os
pés formosos não são aqueles pés que vão ao salão de beleza ou ao pedicuro, mas
aqueles que têm pó, aqueles que caminham. O Senhor Jesus enviou os seus
discípulos de dois em dois para pregar, a ser pescadores de homens. "E se houver
um filho da paz, entrai nessa casa, e a sua paz será sobre essa casa, e se
houver enfermos, curai-os. Mas se em tal cidade não vos receber, sacudam o pó
dos vossos pés sobre a cidade. E em verdade vos digo que será mais tolerável o
castigo para Sodoma e Gomorra do que para essa cidade".
Mas hoje em
dia, alguém disse que muito poucas pessoas têm pó nos pés para sacudir, porque
realmente poucos são os que saem para pregar. Por isso digo que realmente os pés
formosos de que fala Isaías são os pés que têm pó para sacudir. Então, o Senhor
nos insiste a pregar a tempo e fora de tempo.
A Porta
Velha
Depois que uma
pessoa é ovelha, depois que passou pela porta do Pescado, e se converte em
pescador de homens, é necessário que não só como pessoa, mas como igreja, seja
restaurada a porta Velha. A porta Velha se refere voltarmos para os caminhos
antigos.
Jeremias 6:16
diz: "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas
veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para
as vossas almas". A porta Velha se refere a voltar para o princípio. Isso é o
que o Senhor quer. Voltar para o modelo original de Deus, à igreja tal como está
no livro de Atos.
A Bíblia diz
claramente em Atos 2:42: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão
uns com os outros, no partir do pão e nas orações", são os caminhos antigos,
estes são os caminhos antigos.
Hoje em dia o
que parece ser tradição na cristandade não é o antigo, mas sim o novo. Por assim
dizer, é o carro novo onde se leva a arca puxada por bois, no estilo dos
filisteu. Então, o Senhor nos ordena que voltemos para os caminhos antigos, a
ter comunhão uns com os outros, a partir o pão, a perseverar principalmente na
doutrina dos apóstolos, dos apóstolos que aparecem nas cartas do Novo
Testamento. (Digo isto porque agora há pessoas que dizem ser apóstolos, e não o
são).
Nós temos que
perseverar nestas quatro disciplinas: a doutrina ou o ensino dos apóstolos, o
partir do pão, a comunhão uns com os outros e as orações. Temos que voltar para
os caminhos antigos. Não podemos inovar. O Senhor não está interessado em que
nós inovemos, mas sim permaneçamos conforme o modelo que nos foi
mostrado.
Através dos
séculos, o Senhor foi recuperando o ensino dos apóstolos e as demais coisas.
Isto está sendo restaurado, e foi restaurado relativamente através da história.
Por exemplo, Martinho Lutero, com a justificação pela fé sem obras, Calvino com
a salvação eterna que não se perde e a predestinação, e outras recuperações que
o Senhor trouxe através dos santos, como John Wesley, a santificação pelo
Espírito, a vida interior, e muitos ensinos que foram escondidos pelo inimigo
por muito tempo e que já foram restauradas.
Ultimamente,
os irmãos livres na Inglaterra foram trazendo o que é a parte da eclesiologia, o
que é a igreja em seu aspecto universal e em seu aspecto local. Mais adiante
vemos nosso irmão Nee To-sheng, e chegou até os nossos dias a doutrina, o ensino
dos apóstolos. Mas não nos conformamos com o ensino, mas também com a prática. A
vida da igreja não consiste em nos encher de informação, mas sim de vida
prática.
O livro de
Atos diz: "No primeiro tratado, Oh Teófilo, falei a respeito de todas as coisas
que Jesus começou a fazer e a ensinar...". Primeiro fazer, e em seguida ensinar.
O Senhor requer de nós, nesta época, vida prática. Não nos enchamos tanto de
teologia, de tantos mistérios. Viver a vida da igreja é o que realmente vale.
Levar uma vida prática, que nos amemos uns aos outros.
A Porta do
Vale
Em seguida, no
verso 13, vem a porta do Vale. Esta porta do Vale nos fala a respeito da
humildade. Quando nós chegamos na vida da igreja, vamos com muitas presunções,
com vontades de buscar posições. Trazemos muitas coisas, muita altivez,
procurando influências, introduzimos políticas, e esta porta do Vale fala
disso.
Quando nós
somos chamados para viver como os santos na igreja primitiva, então acontece o
que diz em Isaías 40:4: "Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o
outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se
aplainará", e Lucas 14:11: "Porque qualquer que se exalta, será humilhado; e o
que se humilha, será exaltado". Isto é a vida da igreja; a vida da igreja é uma
vida de cruz.
A vida da
igreja não é edificada a não ser com sofrimentos, edifica-se através da negação
do eu e pelo tomar a cruz a cada dia. Aqui a porta do Vale significa isso, que
quando entramos na vida da igreja somos ovelhas, somos pescadores de homens,
passamos pela porta Velha e entramos pelos caminhos antigos; recuperamos a
Palavra, a doutrina e o ensino dos apóstolos, e logo que temos todas estas
coisas, há muitos vales.
Dou graças a
Deus pelos vales. Mas também há montes entre nós, e o Senhor passa a sua
aplanadora, e nos aplaina. Começa a nos tratar na vida da igreja. O Senhor ali
começa a tratar-nos duro, através dos irmãos, através das irmãs, o Senhor começa
a usar as suas limas. Cada santo, cada santa na vida da igreja, tem que ter a
sua lima, o seu irmãozinho, a sua irmãzinha, que por ali o Senhor o trata, não é
verdade? A lima é para limar as asperezas, para rebaixar algo que se sobressai.
É que o Senhor não quer que ninguém se sobressaia na vida da igreja.
Na cristandade
há muitas pessoas que se sobressaem. Ali há gigantes espirituais, mas nesta
última parte desta dispensação da restauração da vida da igreja, Deus não vai
trabalhar com gigantes. Deus vai trabalhar com um corpo. Deus está interessado
em que todos os santos exerçam o seu sacerdócio.
Lembram de
Saul? Diz a Palavra que Saul se sobressaía entre todos os israelitas, tinha uma
estatura maior. Sim, mas as vezes o Senhor passa a sua foice de forma rente, e a
cabeça que se sobressai o Senhor a corta rente. E a cabeça de Saul foi cortada.
Bom, ele mesmo se lançou sobre a espada, mas depois lhe cortaram a cabeça,
porque a sua cabeça se sobressaía. Então na vida da igreja, às vezes o Senhor
passa a sua foice e corta a cabeça do que se sobressai. Aqui a única cabeça que
se sobressai é Cristo. Aleluia! Obrigado, Senhor, pela porta do Vale.
A Porta do
Monturo
Mais adiante,
no verso 14, vemos a porta do monturo. Era uma porta cuja saída era para o vale
de Hinom, à Geena. Era o vale onde se lançava o lixo de Jerusalém. As portas são
tanto para abrir como para fechar. As portas se abrem, no caso das ovelhas, e
entram. "E entrarão pela porta e acharão pastagens". Mas a porta também tem
outra função que é para expulsar ou tirar. A porta do monturo era essa porta por
onde tiravam o lixo. Refere-se ao aspecto individual tanto como no coletivo, a
nossa vida interior. Em nossa vida interior há muitas coisas. Cada um de nós tem
uma vida secreta, bem escondida. Não é pública, só Deus a conhece, e ali o
Senhor está tratando conosco.
O Senhor,
através da cruz, está tratando com todos os elementos negativos, com todos os
elementos malignos que há ali. Porque a Bíblia diz que não é o que entra pela
boca o que polui, mas o que sai da boca. Sim, porque o que sai do coração
refere-se à vida almática. Isso é o que polui o homem. O que é o que sai do
coração? Os homicídios, os adultérios, as estupidezes, as arrogâncias, todas
estas coisas.
Então, a porta
do monturo significa deixar-nos ser tratado pelo Senhor. É nossa
responsabilidade como crentes nos despojar, e é a responsabilidade de Deus
encher as vasilhas vazias. O Senhor não vai encher vasilhas enquanto não estejam
vazias. Elias disse à viúva: "Busca vasilhas, e não poucas, que estejam vazias",
e foram cheias de azeite. A condição para ser cheio do Senhor é estar
vazio.
A Bíblia, em
Apocalipse, apresenta duas vasilhas, referindo-se ao aspecto eclesiástico. Temos
uma vasilha vazia, Filadélfia, pobre, frágil, com pouca força. E o Senhor a
enche. O Senhor lhe diz: "Mas tu és rica". Também vemos uma vasilha cheia do seu
próprio eu, a igreja em Laodicéia. Diz: "Você diz que é rica, que não necessita
de nada; nem sequer de mim, porque estou fora da porta, batendo. Mas você é
pobre, miserável e nu".
O Senhor
necessita que, ao madeirar-nos a porta do monturo, despojemo-nos. A luz de Deus
nos mostra o quão indignos somos. Então, a porta do monturo é nos despojar de
nós mesmos para que na próxima porta, a da Fonte, que significa a plenitude do
Espírito, sejamos cheios do Senhor. Se estivermos cheios de nós mesmos, o Senhor
não vai nos abençoar. Temos que usar a porta do monturo.
Apresentaram-se duas pessoas, um usou a
porta do monturo e a outra não. Um fariseu e um publicano. O fariseu se
apresentou cheio, dizendo: "Senhor, eu sou bom, eu jejuo tantas vezes na semana,
dou dízimos, eu faço, eu, eu e eu". A Bíblia diz que este homem falava sozinho;
ele supunha que estava falando com Deus, mas "falava consigo mesmo". O outro se
apresentou vazio, frágil. "Senhor, sê propício a mim, pecador". Apresentou-se
sem forças, e diz a Palavra do Senhor que o publicano saiu justificado e o
fariseu não.
Esta é a
condição que Deus requer: o ser esvaziado. Cada vez que o Senhor toca num
assunto através de um irmão, ou o Espírito mesmo nos repreende, temos que ir
diante dele e dizer: 'Senhor, me ajude a me desprender disto, a me despojar
disto. Miserável homem que sou!'. Então, aprendemos que com as nossas próprias
forças não podemos vencer, aprendemos que é na força do Senhor, e então nos
despojamos. Temos que deixar sermos tratados pelo Senhor.
Muitas pessoas
fogem do tratamento de Deus, e isto é fechar a porta do monturo. A porta do
monturo é para jogar todo o lixo para fora da vida da igreja. Nós não podemos
trazer morte para a vida da igreja, não podemos trazer a lepra dentro de
Jerusalém, porque seremos realmente tirados pela porta do monturo para ser
tratados ali no vale de Hinom.
Ainda temos a
oportunidade, de despojar-nos de nós mesmos e levar a nossa própria cruz e
crucificar o velho homem, pois o Senhor ainda não voltou. Caso contrário, a
Palavra diz que se o sal perder o seu sabor, ou a sua força, não serve para
nada, nem para salgar, nem para a terra, nem para o monturo. Então, é necessário
ser tratados aqui, e não ser tratados no vale de Hinom, na Geena de
fogo.
A Porta da
Fonte
Então, vamos
mais adiante. No verso 15, diz: "Salum filho de Col-Hoze, governador da região
da Mizpá, restaurou a porta da Fonte". A porta da Fonte se refere ao enchimento
do Espírito Santo depois que fomos despojados de todo o lixo. Então somos
vasilhas limpas, e precisamos ser cheios do Espírito Santo, necessitamos que a
fonte, o fluir do Espírito, seja em cada um de nós.
Em uma grande
casa há vasos de ouro, há vasos de barro e de madeira. Mas diz também: "Se
alguém se limpar destas coisas - referindo-se à doutrina, ao ensino, ao lixo de
Himeneu e Fileto a respeito de que a ressurreição já é passada e de muitas
outras coisas - será vaso santificado e útil ao Senhor".
O ser cheios
do Espírito Santo é necessário. Não é um discurso pentecostal o que estou
falando. Isto é necessário na vida da igreja. O ser cheios do Espírito Santo não
é de uma vez e para sempre. Se vocês olharem o livro de Atos, diz que eles foram
cheios do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas mais adiante muitas destas
pessoas, no capítulo 4, estavam orando, e o lugar onde estavam orando tremeu, e
foram cheios do Espírito Santo pela segunda vez. Isso indica que há um encher do
Espírito Santo constantemente.
O Senhor não
nos enche uma vez para sempre do Espírito. A plenitude do Espírito não é a
regeneração ou a recepção da vida eterna. Aqui estamos falando de outra coisa:
de ser cheios do Espírito Santo para o serviço. Precisamos ser cheios do
Espírito Santo uma e outra vez.
Os irmãos em
Éfeso, quando Paulo esteve com eles por mais de três anos, viram as maravilhas
do Senhor, foram cheios do Espírito Santo, e muitos anos depois, Paulo escreve:
"Não vos embriagueis com vinho ... antes enchei-vos do Espírito Santo". De que
maneira? "Falando". Somos cheios do Espírito falando. "Abre a sua boca, que eu a
encherei".
Tem que falar,
tem que fluir, tem que pregar, tem que ensinar, tem que salmodiar. Todas as
experiências, tudo isto é vida prática; isto nos enche do Espírito
Santo.
A Porta das
Águas
Então, vemos
mais adiante, no verso 26, a porta das Águas. Esta porta se refere ao beber a
Palavra. A Palavra é santificadora. Só ler a Palavra pelo Espírito, produz
limpeza dos pés. Porque nós já fomos lavados pelo sangue do Senhor. Os que já
estão banhados não necessitam senão lavar os pés. Isso disse o Senhor a Pedro.
Isto se refere ao que a Palavra nos repreende, a Palavra nos limpa do pó do
caminho, de toda impureza que temos na vida cotidiana.
No tabernáculo
de Deus no deserto, havia uma fonte de bronze. O fundo dessa fonte foi feito com
os espelhos das mulheres de Israel. Então, nele o sacerdote jogava água limpa, e
com esta água ele se lavava. A primeira coisa que era refletida era a face do
sacerdote.
Isto indica
que quando nós vamos para a Palavra, a Palavra nos mostra a nossa condição
espiritual. Nós podemos enganar os irmãos, mas não podemos enganar a nossa
consciência. A Palavra nos fala, mostra a nossa condição, seja ela pecaminosa ou
não. Ali somos libertados, somos expostos pela Palavra do Senhor. Por isso o
Salmo 119 diz: "A exposição da sua palavra ilumina, e a soma da sua palavra é
verdade".
Nós não
podemos edificar a igreja com base nas experiências individuais dos santos, não
podemos edificar a igreja porque um santo teve uma visão ou teve um sonho ou
teve uma experiência. Se não estiver de acordo à Palavra, não pode edificar a
igreja. A igreja tem que ser edificada com base na Palavra. Esta Palavra nos
lava, esta Palavra nos repreende, esta Palavra nos edifica.
O apóstolo
Paulo dizia a Timóteo: "Até que eu vá, ocupa-te da leitura". É necessário irmos
não somente como indivíduos para a Palavra, mas também como igreja. Que haja
reuniões de leitura da Palavra, não de leitura de livros - embora os livros
sejam bons e podem ser lidos, e pode haver leitura de livros -, mas sim da
palavra do Senhor tanto do Antigo como do Novo Testamento. Porque as coisas do
Antigo foram escritas para o nosso ensino, para exemplo nosso.
A Porta dos
Cavalos
Mais diante,
no verso 28, vemos a porta dos Cavalos. Esta porta se refere à batalha
espiritual. Vamos então a Provérbios 21:31: "O cavalo se prepara para o dia da
batalha; mas o Senhor é o que dá a vitória". Nós somos os cavalos; não pensemos
que somos o cavaleiro. O Senhor é o cavaleiro. Recordem que o Senhor entrou em
Jerusalém em um jumentinho. Ele era o que ia montado; a glória era para o
Senhor, não para o jumentinho. Nós somos os cavalos, que precisamos ser
refreados, ser dirigidos com freio.
2ª Timóteo
4:7. Diz o apóstolo Paulo: "combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a
fé". Nós estamos combatendo a boa batalha, porque a vitória é nossa; o Senhor já
a obteve na cruz. "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada". Não de
misericórdia, mas sim de justiça. "...a qual me dará o Senhor, juiz justo,
naquele dia". Aí está falando de galardão, não de um presente, não da graça
inicial, mas sim da recompensa. "...e não só a mim, mas também a todos os que
amam a sua vinda".
Então, uma
pessoa, um cavalo de batalha do Senhor, tem que amar a vinda do Senhor. Um
cavalo tem que estar preparado para a batalha. Nós temos que estar preparados
com toda a armadura de Deus que aparece em Efésios. Não diz unicamente a espada
ou o capacete. Efésios 6:14-17 nos fala que terá que tomar toda a armadura de
Deus.
E o verso 11,
anteriormente, diz assim: "No demais, meus irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na
força do seu poder" Este fortalecer-se no Senhor é uma consideração de fé.
Simplesmente terá que crer no Senhor, confessar que estamos fortalecidos. É uma
confissão, um crer no Senhor que estamos fortalecidos no poder da sua
força.
"Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as armadilhas
do diabo". Aqui a palavra nos fala de que se nós participarmos da boa batalha e
combatermos, o nosso galardão será guardado, ou seja, entraremos no
reino.
A Porta
Oriental
Mais adiante é
mencionada a porta Oriental, que fala da vinda do Senhor. Quando o Senhor vier
pela segunda vez, entrará pela porta Oriental. Vejamos Ezequiel 43:4. "E a
glória do Senhor entrou na casa pelo caminho da porta que dava para o oriente".
Aqui está falando de algo que ainda não aconteceu, de algo futuro; é uma
profecia.
"Fez-me voltar
para a porta exterior do santuário, a qual olha para o oriente; e estava
fechada. E me disse o Senhor: Esta porta estará fechada; não se abrirá nem
entrará por ela homem, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; estará,
portanto, fechada" (Ezequiel 44:1-2). Isto é profético. O Senhor vem pela
segunda vez. A porta Oriental se chama também "a porta do Rei" em outras partes
da Bíblia.
Construir a
porta Oriental significa amar a segunda vinda do Senhor. Todo o que ama a
Segunda Vinda do Senhor, tem a coroa. Aquele que ama a Segunda Vinda do Senhor,
também ama a cruz, e participa da batalha como dizia o nosso amado irmão Paulo:
"combati o bom combate, portanto me é guardada a coroa de justiça, não somente a
mim, mas aos que amam a porta Oriental, os que amam a vinda do
Senhor".
Digo isto
porque muitas vezes nós não amamos a vinda do Senhor. Estamos enraizados aqui,
estamos semeados aqui, e dizemos: 'Que o Senhor venha, mas apenas depois que eu
tenha terminado a minha carreira, depois que eu casar, depois de prosperar, de
ter me realizado profissionalmente; então sim, que o Senhor venha'.
Se
verdadeiramente fizermos uma introspecção, se formos sinceros, no fundo, não
amamos suficientemente a vinda do Senhor; porque amamos ainda o mundo, a este
sistema de coisas. E realmente, se nós não amarmos a porta Oriental, não podemos
entrar no reino dos céus.
A Porta do
Juízo
Mais adiante,
para terminar, Neemias 3:31 fala da porta do Juízo. Imediatamente depois da
vinda do Senhor Jesus, o Senhor julgará a sua casa. Olhem como estas portas
foram restauradas. Não foram restauradas em qualquer ordem. Isto foi intuito de
Deus, do mesmo modo como vamos por etapas na vida da igreja.
Depois que o
Senhor vier, julgará a sua casa, porque o julgamento começa pela casa. E é
necessário que todos, incluindo Paulo - ele se inclui ali -, compareçamos
perante o tribunal de Cristo. Naquele dia muitas pessoas que não restauraram
nenhuma porta, dirão: 'Senhor, Senhor, em seu nome fizemos isto ou aquilo. E o
Senhor dirá: "Nunca vos conheci, feitores de maldade, apartai-vos de
mim".
A outros, que
restauraram as portas, o Senhor lhes dirá: "Servo bom e fiel ... entra no gozo
do seu Senhor". Então, esta palavra em Neemias 6:15, diz que o muro foi
terminado em vinte e cinco do mês de Elul, em cinqüenta e dois dias. O que
significa o número 52? O número 50 significa Pentecostes. O 52 são dois dias
depois de Pentecostes.
Pentecostes
significa para nós o começo da igreja primitiva, o dia em que a igreja foi
manifestada. Para o Senhor, um dia é como mil anos. Dois dias depois são dois
mil anos. Ou seja, que 52 significa dois mil anos depois da igreja primitiva, ou
seja, que o muro foi restaurado totalmente, segundo esta numerologia, para esta
época, dois mil anos depois da igreja primitiva.
Neste tempo, o
Senhor nos convida, chama-nos, a terminar os muros e as suas portas, e quando
terminarmos, todos conhecerão. "E quando ouviram todos os nossos inimigos,
temeram todas as nações que estavam ao redor de nós, e se sentiram humilhados, e
conheceram que por nosso Deus tinha sido feita esta obra" (Nee. 6:16). Assim
aconteceu com a igreja em Filadél@ H r: "Eu farei que os que dizem
ser judeus se humilhem diante de ti e reconheçam que eu te amei".
Irmãos, o
Senhor acrescente a sua Palavra. Amém.
(Mensagem ministrada em Callejones,
em julho de 2007).

sábado, 11 de fevereiro de 2012

APRENDENDO COM AS PORTAS DE JERUSALÉM
Das doze portas do período bíblico, hoje existem
apenas oito, porém com outros nomes:




PERSONALIDADES RESTAURADAS
INTRODUÇÃO
DEUS levanta um exército de filhos Seus, com o
propósito de ser canal da Sua Palavra, amor e graça. Esse exército tem a
missão de saquear o inferno e povoar o Céu, sendo responsável pela grande
colheita do tempo do fim. É imperioso, porém, que os filhos se tornem um
testemunho vivo do poder de DEUS para transformar a natureza humana. Essa
transformação deve, necessariamente, atingir o homem integral: espírito,
alma e corpo. Em outras palavras, um espírito redimido, uma alma restaurada
e um corpo sadio, trazendo a carne sob sujeição.
Uma das áreas mais negligenciadas, no entanto
mais exposta e com a maior manifestação de problema, é a alma, ou
personalidade. Muitas vezes alguém até possui uma unção especial em sua
vida. mas devido a uma personalidade sem controle, desestruturada, seu
ministério é afetado. Parece existir um conflito constante entre o que a
pessoa sabe ser o padrão Divino para a vida cristã e o modo como ele age e
reage. Esse conflito, vezes sem conta, pode levá-Ia a buscar ajuda em um
psicólogo ou mesmo psiquiatra. DEUS, contudo, tem um plano para que cada um
de Seus filhos receba, dos recursos de Sua graça, uma completa restauração
em sua personalidade, de modo que possa refletir a beleza do caráter do
Senhor JESUS, que vive no crente, na pessoa do ESPÍRITO SANTO.
Nossa personalidade é o reflexo de heranças dos
nossos pais, cultura, ambiente, experiências vividas e tudo quanto entrou
para nossa formação, antes mesmo do nosso nascimento. O próprio pecado, no
qual fomos concebidos, deixou suas tristes marcas, umas mais berrantes,
outras menos visíveis. Todos, porém, sem exceção, trazemos o sinal de uma
herança pecaminosa. Quando CRISTO entra em nossa vida, muda o sentido e a
razão do viver, mas cedo descobrimos que o mundo da alma é complexo e carece
de uma obra profunda, gradativa, que nos troque as marcas de uma
personalidade doentia pelas virtudes encarnadas em nosso Senhor JESUS
CRISTO.
Haverá possibilidades de mudanças permanentes,
de cura interior, de restauração da nossa personalidade? Claro que sim. Há
recursos em DEUS para trazer ao nosso ser inteiro a harmonia por Ele
projetada. Iremos, pois, no presente estudo, buscar na Palavra de DEUS,
nossa bússola e fonte de toda instrução, os princípios que nos ajudarão a
encontrar a vitória de uma alma sã.
Os problemas de personalidade têm constantemente causado
sérias dificuldades na vida e no relacionamento das pessoas. Como somos
seres sociais e não poderemos viver isolados uns dos outros, só há um
caminho para uma convivência sadia, dentro do plano de comunhão e unidade
que DEUS quer para Seu povo: ser liberto das cadeias que prendem a alma e
ajustá-Ia à Palavra de DEUS. Salomão declara que:«Melhor é o Longânimo do
que o valente,' e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade».
(Pv 16.32) «Como a cidade derribada que não tem muros, assim é o homem que
não pode conter o seu espírito» (Pv 25.28).
A tigura da cidade sem muros bem retrata aquele
que não tem controle ou domínio sobre sua própria personalidade. O que
representa uma cidade sem muros? No contexto bíblico, falando dos tempos
antigos, significa uma cidade sem proteção, exposta a todo tipo de ataque
adversário, vulnerável, portanto, destinada à infestação de toda sorte de
inimigo e, finalmente, à destruição. Uma pessoa que não contém o seu
espírito tem os muros de sua personalidade caídos ou cheios de brecha, o que
permite a invasão de forças inimigas.
Sobre os muros da cidade estavam as torres de
vigia, lugar de onde os ataques iminentes eram detectados e deles se dava
aviso. Dali, também, partiam ataques de defesa (2 Sm 11.19 a 24). A
segurança e proteção da cidade, dos que nela habitavam e de suas riquezas,
dependiam da estrutura dos seus muros (2 Cr. 14:7-8).
Os muros da cidade são tão importantes que
Apocalipse se refere aos muros da Nova Jerusalém, de seus fundamentos,
medidas e material com que são construídos. Fala de suas portas e ressalta a
importância e beleza das mesmas. Tomaremos, pois, esta figura para mostrar a
importância de termos os muros de nossa alma de pé, sem brechas, com suas
portas no lugar e as torres de vigia em pleno funcionamento. Só assim nos
será possível, neste tempo de tremendos conflitos contra as forças das
trevas, manter toda sorte de intruso longe da nossa alma e, ao mesmo tempo,
ser canais para a libertação daqueles que foram vencidos.
A Bíblia é rica em figuras, que nos ilustram as
realidades do mundo do espírito. Lançaremos mão, ao longo deste estudo, de
duas figuras principais, extraídas da história Jo povo de Israel, buscando,
do ESPÍRITO SANTO, a luz, com o propósito Je receber as lições e aplicações
para nossa alma, com vistas à sua restauração, libertação e cura interior.
O estudo está dividido em partes: na primeira, a
palavra chave é: Restauração. O livro de Neemias será a base do mesmo. Na
segunda, a Conquista é o imperativo. Para tanto, usaremos a conquista da
Terra de Canaã, como a figura de base. Dentro dessa idéia de apoderar-se,
apropriar-se, conquistar, abordamos as áreas que formam a personalidade:
Conquista da Mente, da Vontade e das Emoções.
Vivemos em dias quando o ESPÍRITO de DEUS se
move na Igreja com o propósito de restaurá-Ia, sará-Ia e embelezá-Ia, a tem
de poder entregar ao Senhor JESUS a Noiva gloriosa, como Ele mesmo deseja
recebê-Ia. Foi para isto que Ele veio e esta é a obra do ESPÍRITO SANTO:
operar em pecadores de tal sorte que estes sejam transformados em filhos de
DEUS, preparados para desposar o Cordeiro e reinar com Ele em glória.
«CRISTO amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou
por ela, afim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água,
pela Palavra, a fim de apresentá-Ia a Si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula,
Item ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível, (Ef.
5:25b27).
PARTE I - A RESTAURAÇÃO DA PERSONALIDADE
A primeira tigura que usaremos é a dos muros da
cidade. Iremos aos livros de Esdras e Neemias e ali descobriremos grandes
princípios para a restauração da nossa personalidade. Abra-se ao mover do
ESPÍRITO de DEUS e deixe que Ele mesmo estabeleça os paralelos entre os
ensinos da Palavra e suas experiências, consumando em sua alma a obra de
restauração, libertação e cura que Ele deseja e pode realizar. Falaremos do
templo, como símbolo do nosso espírito, dos muros, representando nossa alma,
e das portas, como o lugar de decisão em nossa vida.
O incidente na história de Israel que primeiro
tomaremos, fala da restauração do templo em Jerusalém e dos seus muros.
Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia invadido e destruído o templo e a
cidade em 587 A. C. Jeremias profetizara que a duração do cativeiro seria de
setenta anos (Jr. 25: 11). Em 538 A.C., Ciro, rei da Pérsia, conforme
profetizado por Isaías, permitiu ao povo regressar e reconstruir o templo
(Conf. Is. 44:28; 45: 1-13; Ed. I: 1-3).
Os livros de Esdras e Neemias relatam o que
ocorreu em conseqüência do decreto de Ciro. Nesses dois livros há duas fases
distintas: a restauração do templo, sob o comando de Zorobabel e a
restauração dos muros, sob Neemias. Palavras como edifício, reedificar e
restaurar, aparecem cinqüenta e cinco vezes em seus relatos. Tomá-Ias-emos,
portanto, como base de ensino figurado para um sério trabalho em nossa
personalidade, com vistas à maturidade cristã, «até que todos cheguemos à
unidade da .fé e do pleno conhecimento do Filho de DEUS, ao estado de homem
feito, à medida da estatura da plenitude de CRISTO» (El 4: 13).
Capítulo 1 - A RESTAURAÇÃO DOS MUROS
A Casa do Senhor era o coração do decreto de
Ciro. Em Esdras 1:15, há quatro referências à edificação da Casa que fora
destruída por Nabucodonosor:
«O Senhor DEUS do Céu me deu todos os reinos da
terra, e me encarregou de Lhe edificar uma Casa em Jerusalém, que é Judá.
Quem há entre vós de todo o seu povo (Seja seu
DEUS com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do
Senhor, DEUS de Israel; Ele é o DEUS que habita em Jerusalém.
E todo remanescente, seja qual for o lugar em
que é peregrino, seja ajudado pelos homens desse lugar com prata, com ouro,
com bens e com animais afora. a oferta voluntária para a Casa de DEUS, que
está em Jerusalém.
Então se levantaram os chefes das casas paternas
de Judá e Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, todos aqueles cujo
espírito DEUS despertara, para subirem a edificar a Casa de DEUS, que está
em Jerusalém».
Primeiro, a Restauração do Templo
Estamos diante de prioridades corretas. Antes de
se pensar em qualquer outra coisa, o lugar de culto deveria ser restaurado.
Tão logo a primeira leva de cativos judeus retomou a Jerusalém, o altar foi
edificado; o canal de adoração e comunicação com DEUS foi estabelecido. O
Templo era o lugar escolhido por DEUS, para nele fazer habitar o Seu Nome
(Ne. 1 :9). Lá se davam os sacrifícios religiosos e era o coração da vida
espiritual de Israel. Lá estavam as Tábuas da Aliança, a glória de DEUS, Sua
presença e Santidade.
Sem o Templo, Jerusalém perdia seu valor.
Portanto, sua restauração era obra prioritária. É disso que o livro de
Esdras trata.
Aplicando as lições à nossa experiência, DEUS
nos escolheu para fazer habitar em nós o Seu nome. Somos Seus servos, a quem
Ele resgatou com o Seu grande poder e mão forte (Ne. I: 10). Ele quis nos
transformar em santuários Seus e comungar conosco, fazendo de nós
transportes de Sua presença na Terra.
Antes de trabalharmos na alma, ou na carne,
precisamos lidar com o nosso espírito. O coração de Israel era Jerusalém; o
coração de Jerusalém era o templo; o coração do templo era o SANTO dos
Santos. Nele estava a Arca, coberta pelo propiciatório, contendo as Tábuas
da Aliança, «escritas pelo dedo de DEUS». A partir dali, DEUS falava. Logo,
o templo, habitação de DEUS, era o centro e a razão de tudo. A primeira
preocupação, portanto, era com esse lugar.
A experiência mais marcante em nossa vida é o
novo nascimento, pelo qual o nosso espírito é recriado e se transforma no
santuário de DEUS na Terra, onde Seu Espfrito habita e onde se estabelece
uma comunhão e comunicação com DEUS (2 Co. 5:17; 2 Co. 6:16; 3:16). É por
essa experiência que nos tornamos filhos de DEUS (10. 1: 12), herdeiros seus
e co-herdeiros com CRISTO (Rm. 8: 16, 17), participantes da sua natureza (2
Pe. 1 :4), porque somos gerados de novo da semente Divina (I Pe. 1:23), que
permanece em nós (I Jo. 3:9). Por essa razão, tornamo-nos habitação de DEUS,
santuários vivos, transportando a Palavra Viva, na pessoa do ESPÍRITO SANTO.
Segundo, A Restauração Dos Muros
Após essa obra de regeneração em nosso espírito,
estamos prontos para o próximo passo: a restauração dos muros, para que o
santuário seja protegido. Em outras palavras, a restauração da nossa
personalidade, para que o inimigo não encontre
brechas para nos atacar. É disso que trataremos, pedindo a DEUS que nos guie
e nos revele o Seu caminho no tratamento de nossas almas, a tim de que as
virtudes do caráter de CRISTO se manifestem em nossa própria personalidade.
Fazemos do velho corinho, nossa oração:
Toda a Sua admirável pureza e amor.
Ó Tu, Chama Divina, todo o meu ser refina, Até
que a beleza de CRISTO se veja em mim.
Se você já nasceu de novo, está consciente e
convicto de que JESUS é o seu único Senhor e Salvador. Agora, como filhos de
DEUS, vamos enveredar pelo caminho da restauração dos muros, portas e torres
da nossa alma, para que o santuário seja protegido e defendido, e os
intrusos, enviados pelo inimigo, não venham assolar o nosso templo.
Se você ainda não teve essa experiência de novo
nasCiroento, não prossiga. Pare agora diante dAquele que o criou. Ele tem um
plano maravilhoso para a sua vida e quer transformá-Ia por completo,
dando-lhe uma razão de viver. Por você, CRISTO deu Sua vida na cruz do
Calvário e pagou o preço da completa libertação e redenção de todo aquele
que crê. Tudo quanto era necessário.para que você seja livre das garras do
pecado e de Satanás, já foi feito, como expressão da graça e do amor de DEUS
por você. O que você tem que fazer agora é só renunciar seus pecados e seu
passado, entregando-se inteiramente a JESUS. O resto, Ele fará.
Considere que o ESPÍRITO de DEUS está agora
junto a você, para levá-lo a JESUS e torná-LO real ao seu coração. Ele o
transformará num santuário, onde a glória de DEUS assiste e Sua doce voz se
fará ouvir. Você não está lendo este livro por acaso. Através dele, DEUS
marcou um encontro com você e saiba que, abrindo-se neste momento à Sua
graça e amor indizível, abraçando a JESUS CRISTO, você nunca mais será o
mesmo, «Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo» (Rom
10.13). Se isso de fato expressa o desejo do seu coração, abra-se à presença
de DEUS e diga em voz alta:
Senhor JESUS, reconheço que nasci e tenho vivido
em pecado, mas Tu tomaste o meu lugar na cruz do Calvário e pagaste o preço
da minha redenção. Renuncio o pecado, a Satanás, o mundo, a carne e a mim
mesmo, e me entrego a Ti. Sê o Senhor da minha vida. Confesso com a minha
boca que Tu és o Filho de DEUS, que morreste em meu lugar, ressuscitaste e
hás de voltar. Confesso que Tu és o meu Senhor. Recebo-Te em minha vida e
seguir-Te-ei para sempre. Agradeço-Te porque, de acordo com a Tua Palavra,
eu estou nascendo como filho de DEUS e os meus pecados estão sendo
perdoados. Sei que me recebes agora como filho. Faz de mim a pessoa que Tu
queres que eu seja. Amém.
Agradeça a DEUS porque Ele escuta a sua oração.
A Bíblia diz:
«Porque se com tua boca confessares a JESUS como
Senhor, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo; visto que com o coração se crê para a justiça e com a boca se
confessa para a salvação. Porque a Escritura diz: Ninguém que N’Ele crê será
confundido. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo
Senhor o é de todos, rico para com todos os que O invocam. Porque: Todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo» (Rm. 10:9-13).


A Necessidade Da Restauração Dos Muros - o
livro de Neemias nos dá uma ilustração clara da obra a ser realizada na
restauração da nossa personalidade. Ele está cheio de ensinamentos na área
de liderança, de batalha espiritual, de restauração e de vários outros
aspectos da vida cristã. Aqui lançaremos mão dos ensinos que se aplicam à
restauração, libertação ou cura da nossa alma. Antes, porém, de nos
enveredarmos pelos seus relatos, daremos uma rápida visão do seu conteúdo,
usando as notas introdutórias ao livro da BÍBLIA ANOTADA (The Ryrie Study
Bíble), editada pela EDITORA MUNDO CRISTÃO.

AUTOR - NEEMIAS DATA - 445-425 a.C.
O HOMEM NEEMIAS - Como copeiro do rei Artaxerxes
I, a posição de Neemias era de grande responsabilidade (comprovar que o
vinho bebido pelo rei jamais estivesse envenenado) e de muita influência (já
que um servo que desfrutava de tanta confiança freqüentemente se tomava um
conselheiro bem íntimo). Ao ouvir que as muralhas de Jerusalém ainda não
haviam sido reconstruídas, e recebendo permissão do rei para ir a Jerusalém
e corrigir a situação, demonstrou qualidades ímpares de liderança e
organização. Em 52 dias o trabalho de reconstrução foi terminado. Como
governador de Judá, Neemias demonstrou humildade, integridade, patriotismo,
energia, piedade e altruísmo.
Depois de doze anos no cargo, ele retomou por
pouco tempo à corte de Artaxerxes (2: 1; 13:6) e de lá voltou a Judá, onde
exortou seu povo ao arrependimento.
Tão vívido e franco é o relato que muito do
material contido no livro provém do que deve ter sido o diário pessoal de
Neemias.
CONTEXTO HISTÓRICO - Os papiros de Elefantina,
descobertos em 1903, confirmam a historicidade do livro de Neemias,
mencionando Sambalá (2:19) e Joanã (6:18; 12:23). Estas fontes também nos
indicam que Neemias deixou de ser governador de Judá antes de 408 aC.
CONTEÚDO - O livro completa a história do
remanescente que voltara do exílio em Babilônia, restauração esta começada
sob a liderança de Esdras. “Marca também o início das «setenta semanas» de
Daniel e fornece o contexto histórico para a profecia de Malaquias».
ESBOÇO DE NEEMIAS
I. A Reconstrução dos Muros (sob a Liderança
de Neemias), 1:1-7:73
A. O Retorno a Jerusalém.l: 1-2:20
l.A condição de Jerusalém, 1:1-7
2. A petição de Neemias, 1:8-11
3. A comissão de Artaxerxes, 2: 1-10
4. A inspeção dos muros, 2: 11-20
B - A Reconstrução dos Muros. 3: 1-7:4
I. O trabalho designado, 3: 1-32
2. O trabalho atacado, 4: 1-6: 14
a. Pela zombaria, 4: 1-6
b. Por conspiração, 4:7-21
c. Por extorsão, 5:1-19
d. Pela transigência, 6: 1-4
e. Pela calúnia, 6:5-9
3. O trabalho realizado, 6: 15"7:4
C. O Registro do Povo, 7:5-73
II- A Renovação da Aliança (Sob a Liderança
de Esdras), 8:1-10:39 A.A Leitura da Lei, 8:1-8
B. A Reação do Povo, 8:9-18
C.O Arrependimento do Povo,9: 1-38
D. A Ratificação da Aliança, 10: 1-27
E. As Responsabilidades da Aliança, 10:28-39
III. A Reforma da Nação, 11:1-13:31
A. O Repovoamento das Cidades, 11: 1-12:26
1. Jerusalém, 11:1-1:24
2. Outras cidades, 11:25-36
3. Sacerdotes e levitas, 12: 1-26
B. A Rededicação dos Muros, 12:27-47
C. O Reavivamento do Povo, 13: 1-31
1. Reformas em relação aos não-judeus, 13:1-3 2.
Reformas em relação ao sacerdócio. 13:4-5 3. Reformas em relação ao sábado,
13: 15-22 4.Reformas em relação ao casamento. 13:23-31.
Não iremos fazer um estudo do livro, mas aí está
um esboço que poderá ajudá-Io em um estudo pessoal. Vamos extrair o que diz
respeito ao assunto de tratamento com a nossa alma, fazendo as devidas
aplicações, orando para que a luz do ESPÍRITO nos dirija.
esboço
Significado do Nome
Neemias significa «Consolação de Já» (um dos
nomes de DEUS), ou «Aquele a quem Jeová conforta>'. Tomá-Io-emos, portanto,
como um tipo do ESPÍRITO SANTO, o Consolador ou Confortador, que se
identifica com as nossas necessidades, e se dispõe a dirigir-nos na obra de
restauração dos muros da nossa personalidade.
Estado de Jerusalém
Neemias recebe um relatório, por parte de um
irmão seu, do estado em que se encontra Jerusalém:
«Os restantes que .ficaram do cativeiro, lá na
provinda estão em grande aflição e opróbrio; também está derrubado o muro de
Jerusalém, e as suas portas queimadas afogo» (Ne. J :3).
Suas entranhas se movem de compaixão e ele
intercede pelo povo, com jejum, por alguns dias, invocando o DEUS ~a
Aliança. Em sua oração. ele declara que os judeus são «servos» do Altíssimo.
Confessa seus pecados e reconhece a misericórdia e justiça de DEUS, mas
firma-se na promessa de perdão para interceder a favor de uma intervenção
miraculosa, que resulte na restauração da cidade e remoção da vergonha e
aflição que pesa sobre todo o povo (Ne.1 :5-9). Ele, pois, se coloca entre
«Eles são os Teus servos e o Teu povo, que
resgataste com o Teu grande poder e com a Tua mão poderosa» (Ne. 1:10).
Somos servos de DEUS e Ele nos resgatou com o
precioso sangue de JESUS. A despeito disto, muitas vezes temos sido
assolados por muitas pressões, aflições e terríveis inimigos. Apesar do
nosso coração ter se transformado no santuário de DEUS, olhamos para a nossa
alma e deparamo-nos com verdadeiros intrusos de medo, insegurança,
frustração, auto-compaixão, mágoa, crítica, falta de perdão e até mesmo
opressão. Mas o ESPÍRITO de DEUS, que em nós habita, «intercede por nós com
gemidos inexprimíveis» (Rm. 8:26). Há Alguém, o doce Consolador, que se
identifica com a nossa causa, dispõe dos recursos Divinos e uma comissão
real para remover o nosso opróbrio. Portanto, coragem! Há libertação e
restauração para os resgatados do Senhor, e voc8 é um deles. Jamais
compreenderemos a extensão e profundidade desse amor de DEUS, porém saiba
que o ESPÍRITO Consolador, Sarador, Santificador, Regenerador e Restaurador
não se darão por satisfeito, até que nos veja no pleno gozo da vida
abundante, que CRISTO JESUS nos garantiu pelo preço pago por nossa plena
redenção.
Falando sobre a cidade de Jerusalém, Neemias
lembra as palavras do próprio DEUS: «o lugar que tenho escolhido para ali
fazer habitar o meu Nome» (Ne. 1:9b). Aí está a razão da importância da
Cidade: foi escolhida por DEUS. Voc8 também é muito importante para o
ESPÍRITO SANTO, nosso «Neemias». Foi através de Sua operação que você
conheceu a CRISTO e se tornou um filho de DEUS. Mas a obra ainda não está
completa. Ela só se completará com a sua glorificação.
Voc8 transporta a vida de DEUS dentro de si
mesmo, na pessoa do Seu ESPÍRITO, que habita no coração do nascido de novo.
O nome de DEUS habita em seu espírito. Isso equivale dizer que a presença de
DEUS está em voc8. Torna-se, pois, necessário que todas as áreas de sua vida
reflitam a realidade da presença de DEUS dentro de voc8. Ter um santuário
numa cidade cheia de entulhos, com os muros no chão, as portas destruídas
pelo fogo, e sem qualquer proteção, é uma verdadeira vergonha, um opróbrio.
O ESPÍRITO SANTO se move, em nossos dias, numa obra de restauração,
libertação e cura, para que toda a cidade, que simboliza nosso ser inteiro,
viva na beleza e harmonia projetadas por DEUS, para você e para mim, pois o
Seu Nome habita em nós.
Uma Cidade Sem Muros Está Sujeita à Invasão
Inimiga
Satanás não tem acesso ao nosso espírito
recriado, mas ele tem-no ao nosso corpo e à nossa alma, caso alguma brecha
lhe seja dada. Quando nascemos de novo o nosso espírito é recriado, no
entanto a alma traz muitas marcas das quais precisa se libertar. São
traumas, complexos, feridas, hábitos, filosofias, uma série de coisas que
nada têm a ver com os padrões de DEUS para a vida dos Seus filhos. E é aqui
que uma pergunta se levanta: "O que é a alma?" É o mundo dos nossos
pensamentos, sentimentos e vontade. É nossa personalidade.
O homem é tridimensional: ele é um espírito,
possui uma alma e habita em um corpo. O espírito tem consciência de DEUS; a
alma tem consciência de si mesma; o corpo tem consciência da matéria. Com
nosso espírito tocamos o reino espiritual; com nossa alma, o reino
intelectual, emocional e volitivo; com o corpo, o reino físico, material. A
obra da salvação visa atingir essas três áreas. Em um outro estudo,
intitulado ..Vitória Total", abordamos a obra a ser realizada em cada uma
delas. Sintetizando, diríamos:
1. O ESPÍRITO SANTO recria nosso espírito,
tornando-nos filhos de DEUS e participantes de Sua natureza, santuários
habitados pelo próprio ESPÍRITO (Jo. I: 12; 2 Pe. 1 :4; I Co. 3: 16; 6: 19;
110.3: 1 ,9).
2. A Palavra de DEUS restaura a nossa alma, pela
renovação da nossa mente, o que nos torna cada vez mais semelhantes a JESUS
em nossa personalidade (Tg. 1 :21; Ro. 12:2; 2 Co. 3: 18; Ro. 8:29).
3. Nós disciplinamos nossa carne, sujeitando-a
ao nosso espírito, levando nossos membros a serem instrumentos da justiça e
não mais do pecado (I Co. 9:27; Rm. 8: 13; GI. 5:24; CI. 3:5; Rm. 6: 13).
Neste estudo, estaremos tratando apenas da alma.
Conscientize-se, desde já, que apesar do novo nasCiroento ocorrer como um
milagre instantâneo, não existe uma fórmula para uma restauração da alma em
um momento. Exige trabalho, tempo, cooperação entre nós e o ESPÍRITO SANTO.
A própria palavra «restauração» ou «edificação», implica em esforço,
trabalho. É um processo. No entanto, não há razão para desanimar. O
Consolador nos revelará as áreas danificadas e dirigir-nos-á em toda a obra
de restauração. Não estamos sozinhos, nem sem recursos.
«Maior é Aquele que está em nós, do que aquele
que está no mundo» (I Jo. 4:4) e «em todas estas coisas somos mais que
vencedores, por Aquele que nos amou» (Rm. 8:37).
Mãos à obra, pois, com a certeza de que, com o
auxílio do ESPÍRITO, nossos muros estarão de pé, sem brechas e com suas
portas no devido lugar, para que a vida de DEUS em nosso espírito tenha
livre expressão através da nossa alma restaurada.
Neemias faz um pedido ousado ao rei da Pérsia e
é atendido, no seu dizer, «graças à boa mão do meu DEUS sobre mim» (Ne.
2:8). Em chegando a Jerusalém, ele fez um levantamento da situação e
constata o estado de calamidade da cidade. «Contemplei os muros de
Jerusalém, que estavam demolidos, e as suas portas, que tinham sido
consumidas pelo fogo» (Ne. 2:13). O próximo passo é lembrar ao povo a
realidade dos danos e convocá-lo a empreender a obra da restauração,
declarando:
«Bem vedes o triste estado em que estamos, como
Jerusalém está assolada, e as suas portas queimadas afogo,' vinde, pois, e
edifiquemos o muro de Jerusalém, para que não estejamos mais em opróbrio»
(Ne. 2:17).
Note que Neemias não realiza a obra sozinho. Ele
convoca: «Edifiquemos. Do mesmo modo, o ESPÍRITO de DEUS, que conhece todas
as coisas a nosso respeito, bem como a vontade do Pai, fala-nos da situação
de nossa alma e nos convida à ação. Teremos que participar ativamente,
seguindo Suas instruções e estratégias. Sem Ele, não chegaremos a lado
nenhum, e se não dermos ouvidos à Sua voz, obedecendo as Suas diretrizes,
também permaneceremos com nossa alma desestruturada e aberta à invasão e
opressão do inimigo, tornando-nos motivo de vergonha para todos.
Um dos erros graves, é julgar-se que o ESPÍRITO
tudo fará por nós, enquanto esperamos de braços cruzados. Outro engano, é
correr-se atrás de um e de outro, pedindo oração por um problema sem nada
fazer a respeito, julgando que sua solução depende, exclusivamente, da
oração daquela pessoa. A realidade dos princípios bíblicos, porém, é que
DEUS faz a Sua parte, o irmão faz a sua por nós, ministrando-nos a palavra
ou intercedendo a nosso favor e nós temos que fazer a nossa, para que a obra
seja estabelecida. Hoje o ESPÍRITO está nos falando: «Vinde, e edifiquemos o
muro». Ele vai conosco e isso faz a diferença. Prepare-se, pois, para a ação
e tenha firme em sua mente que, se você não se dispuser a trabalhar na
restauração, nada irá acontecer. A obra é realizada pelo ESPÍRITO SANTO e
nós. Ele dá a estratégia, a direção, o conselho, e você obedecem
prontamente. Assim fazendo, sob Sua direção infalível, os conflitos de sua
alma cessarão.
Um outro aspecto importante nessa reconstrução,
é que o material existente não é desprezado. Neemias usa tanto o elemento
humano, quanto as pedras amontoadas que haviam caído ou estavam cobertas de
lixo. Há um aproveitamento do que poderia parecer apenas lixo, mas que
trabalhado teria de volta a beleza e função originais. Neemias aproveitou as
pedras quebradas. Ele nada desperdiçou. Os muros haviam sido derrubados, mas
as pedras permaneceram lá. Assim também, o ESPÍRITO SANTO não nos
despersonalizará. Ele lançará mão de tudo que temos, proveniente das mãos de
DEUS, e removerá o lixo acrescentado. Cada um de nós tem características
distintas, que serão preservadas. Ele pegará as pedras caídas e quebradas, e
emendá-Ias-á e as colocará em seu devido lugar. Restauração é isso: tomar
alguma coisa boa, que sofreu danos e estragos, e repará-Ia até que se torne
como era originalmente.
DEUS é um DEUS econômico e não de.desperdiça
material. Todo o que é aproveitável, será aproveitado. Suas capacidades,
seus talentos, aquilo que você tem, DEUS vai usá-los e colocá-los no lugar
certo. Ele lança mão das experiências do passado, até dos fracassos, para
trabalhar a sua restauração. O ESPÍRITO de DEUS é especialista em pegar as
coisas quebradas e restaurá-Ias, de modo a não ficar nem mesmo vestígio de
todo o dano. Sua alma pode estar em frangalhos, marcada pelos mais profundos
traumas e complexos, por toda sorte de rejeição ou feridas, por toda
opressão satânica ou depressão, todo pesar ou desespero, mas Ele ajudará a
remover o lixo acumulado, pondo cada coisa no seu devido lugar, e a paz de
DEUS inundará seu ser inteiro.

Há várias figuras no livro de Neemias que nos
trazem preciosas lições. Mencionamos algumas:
I. Jerusalém é importante porque
o nome de DEUS nela habita e foi escolhida por Ele. Vale a pena investir
nela. Nós somos importantes para DEUS pela mesma razão: DEUS nos escolheu,
em CRISTO, e fez habitar Seu nome em nós, pelo que somos chamados filhos de
DEUS. Através do ESPÍRITO SANTO, Ele investirá em nós até que Seus
maravilhosos propósitos de Pai para conosco sejam plenamente concretizados.
E quão eternos são tais propósitos!
2. Na cidade foi construído o Templo, lugar de
adoração que, dada a sua importância, devia ser protegido. Nosso espírito é
transformado no templo de DEUS, quando passamos pela experiência de novo
nasCiroento, e nele acontece a adoração a DEUS, movida pelo Seu ESPÍRITO que
em nós habita. Dentro de nós, portanto, está um templo que deve, igualmente,
ser protegido. Há um santuário em nós e todo o ambiente em volta deve ser
condizente com essa realidade: lugar santo, de adoração.
3. Os Muros em volta da cidade, Falam
do que é visível, da parte exterior, com a qual os que nos cercam têm o
primeiro contado. Eles representam a nossa personalidade, nossa alma, aquilo
que manifestamos em nossos relacionamentos. Esses muros podem estar nos mais
diversos estados de conservação e beleza. Muros com brechas, caídos, além de
feios, são vulneráveis à penetração de inimigos. Muros bem alicerçados e
conservados, representam proteção a tudo quanto está dentro da cidade - o
nosso espírito, recriado pelo ESPÍRITO de DEUS.
4. As Portas falam do lugar de decisão em nossa alma, nossa
vontade, nossas escolhas. Elas são uma parte da alma. É na porta que
decidimos quem por ela entra ou sai a quem deve ser fechada ou aberta.
Haverá momentos em que ela deve estar aberta e outros em que deverá estar
fechada, dependendo de quem ou do que deseja passar por ela. Portas caídas,
t~l1am de vontade inconstante, enfraquecida. Portas no devi,do lugar, falam
de decisões acertadas.
5. As Torres no muro falam do lugar de vigilância. É
delas que se detecta a aproximação inimiga ou dos mensageiros de boas novas.
Nossa alma precisa dessas torres, isto é, uma atitude de vigilância e
alerta, para que não sejamos apanhados em ataques-surpresa, o que nos
levaria a derrotas.
6. As Fontes falam do material usado para apagar as
flechas incendiárias lançadas pelo inimigo. Flechas
com material inflamável na ponta eram as armas mais poderosas da
antigüidade, pois com elas incendiavam-se as portas e abriam-se as brechas
necessárias à invasão. Uma fonte de água, junto a uma porta, equivalia a um
míssil antiaéreo ou aos modernos «patriots», que neutralizam os «scuds».
Precisamos de fontes junto às nossas portas, o que equivale dizer, da água
da Palavra de DEUS. Com ela apagaremos os «dardos inflamados do maligno»,
neutralizaremos as investidas inimigas, e seremos vitoriosos. Neemias pensou
em cada detalhe, pois disso tudo dependia a segurança, proteção e o
desempenho da missão em Jerusalém.
Você é uma Jerusalém espiritual, e tem uma
missão de DEUS na Terra. Para que ela seja cabalmente executada, o ESPÍRITO
SANTO está interessado em ver os seus muros sem brechas, suas portas
fechadas ao inimigo e abertas para DEUS, suas torres de vigilância em franco
funcionamento e a água da Palavra sempre disponível para apagar as setas
incendiárias do maligno, pois ele não desistirá em seus ataques. Enquanto
estivermos no mundo, estaremos engajados em um combate de vida ou morte. Não
há como fugir dele. A solução é encontrarmos, em DEUS, uma posição de força
e sermos solidamente edificados em cada uma das 1íreas do nosso ser:
espírito, mente, emoções. vontade e corpo.
Capítulo 2 - A RESTAURAÇÃO DAS PORTAS
É interessante verificar a prioridade na
restauração dos muros: as portas. Se os muros falam da nossa personalidade
como um todo, há vários elementos nela contidos, dentre os quais a vontade,
que é o fator determinante para o progresso de qualquer obra de restauração,
libertação ou cura. Iremos, portanto, abordar este aspecto, discorrendo um
pouco sobre as doze portas em volta dos muros. Seriam doze áreas em nossa
personalidade que precisam de tratamento. No capítulo sobre a conquista da
vontade, falaremos mais sobre este poder de decisão, no entanto queremos
lançar mão das figuras no livro de Neemias para que se torne mais claro o
que DEUS quer nos ensinar.
As portas são o lugar onde exercemos nossa
autoridade, manifestamos nossa vontade, fazemos nossas escolhas e tomamos
nossas decisões. Elas precisam ser restauradas. O Diabo não consegue nos
obrigar a fazer nada, quando lhe dizemos não. O homem tem uma vontade livre,
e quando, ele resolve dizer não ao inimigo, é não mesmo, e quando decide
dizer sim a DEUS, é sim mesmo. Daí a importância da restauração da vontade,
pois se ela estiver livre, a carne pode apelar, o mundo pode exercer seu
fascínio, o Diabo pode tentar, mas nada conseguirá dobrá-Ia diante da carne,
nem do mundo, nem o Diabo. E diante de uma livre decisão da vontade ninguém
terá poder de demovê-Ia.
Uma vontade inconstante é vulnerável aos mais
diversos ataques, porém a vontade restaurada encontra harmonia com os
propósitos do seu Criador e resiste toda investida.
Há muitos filhos de DEUS com a vontade
enfraquecida. Não se firmam em nenhuma decisão tomada. São inconstantes em
seus caminhos, inseguros, indecisos. Suas portas estão queimadas. Não sabem
o que querem, são vacilantes, têm uma vontade fraca, doente, prisioneira.
Mas, alto lá, o ESPÍRITO está em nós, para nos ajudar a restaurar as portas
da nossa alma. Chega de aflição e vergonha! Chega de cadeias na alma!
Levantemo-nos agora, pois podemos dizer não ao Diabo, ao pecado, à carne, ao
mundo, à depressão, à angústia, ao medo, a todo intruso inimigo, porque o
Todo-Poderoso ESPÍRITO SANTO está conosco e nos conduzirá à vitória. Ele nos
ajudará a restaurar essa área da nossa alma: a vontade.
Convém deixar bem claro que essa obra será um
processo. Ela não acontecerá da noite para o dia. Há inimigos que se
habituaram a conviver conosco, em nossa alma, por muitos anos, e sua
expulsão e limpeza da sujeira que deixaram atrás, levará tempo. Por exemplo,
se o medo o acompanhou por quarenta anos e, de repente você diz: «medo. não
te darei mais lugar em minha vida. “Retira-te de mim». A princípio ele vai
tentar resistir, como que dizendo: «O que é isso? Vivo contigo há quarenta
anos. e não é agora que vais me mandar embora. Certamente estás brincando!»
É ar que você terá que aprender a exercer firme autoridade contra ele e
demonstrar que você está querendo dizer mesmo o que você disse. Seus
pensamentos serão reestruturados, passando do medo para a segurança em DEUS.
Isso pode levar algum tempo, até que você renove a mente e exerça firme
autoridade sobre o medo e não mais lhe dê guarida.
Outra coisa a lembrar, é que o ESPÍRITO SANTO
virá nos ajudar, mas Ele não fará a obra sozinho. Neemias foi a Jerusalém
ajudar, contudo cada um teve que colocar a mão na massa. Cada um se pôs na
frente da sua casa, diante do muro, onde estava a brecha, para começar a
repará-Ia. A cada um Neemias deu a diretriz, supervisionou, orientou, mas
não fez o trabalho que Ihes competia. O mesmo ocorrerá conosco; teremos que
por mãos à obra. A promessa da aliança diz que tudo em que pusermos as mãos,
prosperará. Porém se não colocarmos as mãos sobre a obra, não haverá o que
prosperar.

As Doze Portas
Neemias começa sua obra de restauração, pelas
portas. Como já vimos, elas falam da vontade, da decisão. Está, pois,
explicada a prioridade. Toda a reconstrução vai exigir uma tomada de posição
e uma determinação, pois haverá obstáculos. São doze as portas.
Olhemos para cada uma delas, aplicando-as à
nossa situação. Enquanto fazemos isso, deixemos que o próprio ESPÍRITO de
DEUS devasse nossa alma e indique tudo quanto precisa de reparo.
1. Porta das Ovelhas (Ne. 3:1) Encontro Com o
Cordeiro de DEUS
Essa era a porta por onde passavam as ovelhas
destinadas ao sacrifício da Páscoa. Ela nos lembra «O Cordeiro de DEUS, que
tira o pecado do mundo» (Jo. 1:29). Aponta para Aquele que está à direita do
Pai e é o único digno de abrir o livro de nossa plena redenção e quebrar os
seus selos, forçando, assim, Satanás a recuar e respeitar nossos direitos de
redenção, porque foi morto e com o Seu sangue nos comprou para DEUS e para
Ele nos constituiu Reino e sacerdotes, destinados a reinar para sempre (Ap.
5:9,10). A primeira porta a ser restaurada é a das ovelhas. Por ela
recebemos o Senhor JESUS, o Cordeiro de DEUS que tomou nosso lugar na cruz
do Calvário, como nosso Senhor, Salvador e Rei. Essa porta em nossa vida
deve estar escancarada para JESUS. É uma decisão da vontade, permitir que
Ele entre em nossa vida e efetue dentro de nós Sua obra salvadora e
libertadora, pelo poder do Seu precioso sangue remidor derramado em nosso
lugar. A Porta das Ovelhas, portanto, é o lugar da rendição a CRISTO e da
experiência de conversão, quando somos lavados pelo Seu sangue e regenerados
em nosso espírito.
O Cordeiro de DEUS já passou por essa porta da
sua alma? Isso envolve mais do que receber a JESUS como seu Salvador,
tendo-O residindo em seu coração, na pessoa do ESPÍRITO SANTO. Falar de
JESUS em sua alma, inclui um relacionamento que afeta, não só seu espírito,
mas toda a sua personalidade. Implica em que Ele encherá seus pensamentos,
dominará seus sentimentos e motivará suas decisões. Você verá seu próprio
corpo como o transporte da vida de DEUS aqui na Terra, o que será um apelo a
viver em santidade e dignidade. É uma idertiticação constante com Ele,
«fitando os olhos em JESUS, autor e consumador da nossa fé» (Hb 12-2b).
Quando convivemos muito com uma pessoa,
devotando-lhe nosso afeto terminou nos assemelhando a ela. Se devotarmos
tempo estudando sobre JESUS, pensando nEle, conversando com Ele, amando-O,
ouvindo-O, aprendendo Seus ensinos e obedecendo-os, iremos nos tornando cada
vez mais parecidos com Ele. E não é este, porventura, o propósito do Pai? A
operação do ESPÍRITO SANTO em nós não visa isso mesmo?
«Pois aqueles a quem dantes conheceu - de quem
está consciente e de antemão amou - também destinou desde o princípio
(predestinou-os) para serem moldados na imagem do Seu Filho [(compartilhar
interiormente da Sua semelhança), para que Ele seja o primogênito entre
muitos irmãos» (Rm. 8:29 - Amp.).
E todos nós, com rosto descoberto, [(porque nós)
continuamos a contemplar [na Palavra de Deu.\} como em um espelho a glória
do Senhor, estamos constantemente sendo transfigurado em Sua própria e
verdadeira imagem, num sempre crescente esplendor e de um degrau de glória a
outro; [por isso vem) do Senhor {Que é) o ESPÍRITO» (2 Co 3.18 - Amp.).
2. A Porta dos Peixes (Ne. 3:3) Lugar de
CresCiroento e Reprodução
Na raiz lia palavra <
hebraica, encontramos o sentido de «crescimento», < rapidamente». Isso nos lembra o chamado ao crescimento numérico, à
reprodução de nossas vidas em novos filhos, novos peixes, novas ovelhas, em
novos crentes. A porta dos. peixes é aquela por onde deixaremos entrar os
novos filhos de DEUS. Exige uma decisão de não vivermos só para nós, mas
irmos à busca dos que também precisam encontrar JESUS. Estamos interessados
na reprodução e no crescimento, pelo que nos disporemos a receber em nossa
alma aqueles que vão chegando a JESUS, pois precisam de cuidado, de nutrição
e assistência. Quando nos abrimos para receber cada nova pessoa, do jeito
que ela vem, com muitos problemas na alma, tantas carecendo de libertação,
pois trazem marcas profundas do mundo de onde acabaram de sair, nossa alma
será abastecida e enriquecida. O amor de CRISTO vai nos iluminar e seremos
capazes de assistir a um número cada vez maior. A compaixão de JESUS se
manifestará através do nosso próprio coração e o contacto com essas tenras
ovelhinhas do Senhor será usado na nossa própria edificação. A semelhança do
Mestre em nosso caráter conhecerá um crescimento constante, pois seremos
transformados em canais do Seu amor e graça.
Lembre-se de que DEUS usa as pessoas como canais
de bênção e edificação em nossa vida. Até aquelas que parecem menos amáveis
e ranzinzas, aqueles temperamentos difíceis, DEUS usará para forjar em nós
as virtudes do caráter de JESUS. É assim que o fruto do ESPÍRITO tem uma
chance de amadurecer em nossa vida. O amor, a tolerância, a paciência, o
perdão, a misericórdia, tudo isso e muito mais se desenvolve no trato com as
pessoas, especialmente os novos crentes, tão necessitados de assistência
para poderem firmar seus passos na fé. E que oportunidade maravilhosa de
crescermos quando a Porta dos Peixes está aberta em nossa alma! Cada novo
crente que entrar por ela, será abençoado, mas também deixará conosco uma
bênção.
Soa aos nossos ouvidos a Palavra do Senhor:
«Vinde após mim, e Eu farei que vos torneis pescadores de homens» (Me.
1:17). E será pela Porta dos Peixes que eles serão por nós alcançados.
3. A Porta Velha (Ne.3:6) - Libertação do
Passado
Essa porta fala das coisas velhas existentes em
nossa alma, e que devem ser removidas. Ilustra um passado que deixa marcas
no caráter; memórias feri nas que teimam em permanecer machucando; padrões
de pensamento e hábitos alheios aos princípios do Reino de DEUS, enfim, tudo
quanto é herança contrária à nova vida em CRISTO.
Paulo declara taxativamente: «Se alguém está em
CRISTO, nova criatura é,' as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo» (2Co. 5:17). Em outras palavras, é uma nova criação e o passado não
tem mais autoridade legal sobre ele. Essa é uma realidade da nossa posição
em CRISTO. Acontece que em nossa alma permanecem velhos pensamentos, velhos
padrões, velhas maneiras de viver, de encarar as coisas, hábitos, muito do
que faz parte da velha natureza adâmica. Tudo isso deve ser removido pela
porta velha, pois nossa vida em CRISTO é uma completa novidade de vida.
Paulo fala disso quando diz que fomos instruídos
em CRISTO a nos despojar do velho homem, «quanto ao procedimento anterior,
que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no espírito
da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo DEUS foi criado
em verdadeira justiça e santidade» (Ef 4.21-24). Nos versículos a seguir,
ele fala sobre o modo de agir do velho homem: a mentira, a ira, o furto, as
palavras impensadas, a amargura, cólera, ira, gritaria, blasfêmia, malícia,
dizendo que tudo isso e coisas semelhantes não devem ter mais lugar em nossa
vida. Ele declara, que assim procedendo estaríamos dando lugar ao Diabo e
entristecendo o ESPÍRITO SANTO, no qual fomos selados para o dia da redenção
(Ef 4.30).
Convém aqui salientar que a libertação dessas
velharias mencionadas, depende de uma firme determinação da vontade de as
rejeitar. Paulo apela-nos a uma tomada de posição. Por que viver no passado,
se temos uma nova vida? Por que ter os pés embaraçados por velhas ataduras,
quando somos chamados a gozar a liberdade da nova criação em CRISTO? O
desafio hoje é escancarar a Porta Velha, deixando por ela sair o passado, e
depois fechá-Ia para os hábitos e prisões antigas que tentem voltar à alma.
Em CRISTO, não temos passado. Essa é uma verdade legal. Agora vamos trazê-Ia
à nossa experiência, e viver em completa novidade de vida.
4. A Porta Do Vale (Ne. 3:13) - O Milagre Da
Salvação
Havia nos arredores de Jerusalém um vale que um
dia fora do, o Vale de Hinon, mas como ali os filhos de Israel passaram a
sacrificar ao deus Moloque, foi amaldiçoado e Jeremias profetizou que ele
seria chamado "Vale da Matança" (Jr. 32:35; 7:30; 8:3). Isaías o apresenta
como um lugar escatológico de punição, onde «o seu verme nunca morrerá, nem
o seu fogo se apagará» (Is 66.22-24). Ele passou a ser chamado Geena,
identificado com O fogo, morte e tormento. JESUS faz referência a ele, como
uma figura do inferno, «onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga»
(Me. 9:43-48).
No vale era colocado todo o lixo da cidade, que
seria queimado. Havia sempre os vermes dos cadáveres e o fogo ardia
constantemente. A Porta do Vale, pois, representa para nós a porta da
libertação do inferno, o lugar do maior de todos os milagres: a nossa
salvação. a grande milagre pelo qual DEUS nos tirou do inferno e das chamas
eternas e sua destruição. Essa é a porta em nossa vida que se abre para os
livramentos e milagres de DEUS.
a fogo do vale pode também advertir-nos contra
todo fogo estranho. A porta deve estar fechada para o diabo, que tentará
introduzir na cidade, isto é, na alma, a destruição do vale. a fogo de DEUS
é algo extraordinário: queima, mas não destrói, como aconteceu na sarça, no
Sinai. Mas o fogo de Satanás traz dor, sofrimento e desolação. Não deve
haver lugar para fogo estranho dentro da nossa alma. a único fogo que deve
arder em nós, é o do ESPÍRITO SANTO.
Depois do milagre da nossa libertação do
inferno, fomos colocados em uma posição de canais de DEUS para arrancar
outros que lá permanecem. Lembre-se de que estamos falando do lugar de
decisão, as portas. Em cada uma delas, a decisão de quando abrir e quando
fechar cada porta, a quem abrir e a quem fechar, é sua. Na porta do vale,
DEUS nos encontrou e nos libertou, pois a abrimos para Ele entrar. Agora ela
permanecerá fechada a todo fogo inimigo. Por ela, no entanto, passaremos
para encontrar aqueles que estão dominados pelo inferno. O gozo presente dos
milagres de DEUS em nós, não deve insensibilizar o nosso coração aos
sofrimentos dos que perecem. Jamais nos devemos esquecer de que os horrores
do inferno são reais e que o destino das vidas que para lá caminham depende
de nós, pois transportamos a vida de DEUS e é a partir do nosso coração,
usando nossos lábios, pés e mãos, que DEUS alcançará outros com Seu milagre
libertador.
5. A Porta Do Monturo (Ne. 3:14) Remoção Do
Lixo
Essa é a porta pela qual o lixo da alma deve ser
removido. Ela deve estar aberta ao ESPÍRITO SANTO para que todo o lixo
acumulado seja jogado fora, e nenhum outro volte a entrar. Será que um
crente em CRISTO pode Il'r lixo? Todos nós chegamos a JESUS cheios Dele.
Nosso espírito foi unido pelo ESPÍRITO de DEUS, mas nossa alma está em
processo de restauração. Isso quer dizer que ainda estamos diante do desafio
da decisão de coisas que se acostumaram a conviver conosco e que nada têm a
ver com a vida de DEUS. Tudo quanto não se enquadra dentro do fruto do
ESPÍRITO, é lixo e deverá ser rejeitado. Todas as obras da carne são imundas
e devem ser erradicadas da própria personalidade, dando lugar ao fruto do
ESPÍRITO.
Quando viemos a CRISTO, fizemo-Io com uma alma
cheia de defeitos. Nossa conversão não repara automaticamente as brechas da
nossa personalidade. Quando olhamos uns para os outros logo descobrimos que
há muito a ser tratado. Um é explosivo, outro é fechado; um se fere com
muita facilidade, outro é tendente à depressão; um manifesta egoísmo e um
outro é orgulhoso. Tudo isso é lixo, resquícios dos padrões e valores do
mundo. Muitas vezes só o ESPÍRITO SANTO pode penetrar os porões da nossa
alma e descobrir as sujeiras escondidas, tão incorporadas a certas áreas,
que até parecem naturais.
No meio de um mundo corrompido, como aquele em
que vivemos, facilmente, a poeira e o lixo que nos cercam vão
sorrateiramente penetrando em nossa alma. Como isso acontece? Através dos
nossos sentidos, especialmente a visão e a audição. Os meios de comunicação
têm sido um dos tremendos canais do Diabo para invadir nossa alma com seu
lixo imundo, através da enxurrada de imagens e palavras sensuais, obscenas,
violentas e carregadas de veneno mortífero. Essas coisas terminam se
manifestando em atitudes, reações, palavras, pensamentos, trajes e padrões
de vida, de modo muito sutil. As bancas de jornal, com suas revistas
pornográficas expostas, as cenas em praça pública de todo tipo de
imoralidade, também, fazem parte do lixo que nos cerca e, muitas vezes, são
como poeira que se apega aos nossos pés.
O contacto com um mundo sujo, cheio de tanta
impureza, numa época em que os poderes do inferno estão soltos e têm suas
garras violentas sobre tantos, tenta também nos manchar. Requer uma decisão
da vontade, rejeitar toda essa contaminação que vem do lado de fora, e que
ainda está presente, impedindo a entrada de novo lixo.
Apesar de vivermos num mundo com tanto apelo à
carne, aos sentidos e ao pecado, é possível manter a imundície do lado de
fora, conservando a Porta do Lixo fechada. Como? Expondo-nos ao ESPÍRITO
SANTO e à Palavra de DEUS. Ele nos dará uma crescente sensibilidade, e
saberemos discernir entre o santo e o profano, o limpo e o imundo,
submetendo-nos à purificação que Ele quer efetuar em nós, e vivendo à altura
dos padrões requeridos ao filho de DEUS.
6. A Porta da Fonte (Ne. 3:15) - O ESPÍRITO
SANTO
Fonte fala de águas que correm. Um dos símbolos
do ESPÍRITO SANTO na Bíblia, é a água. Esta é a porta do ESPÍRITO SANTO.
Toda nossa vida cristã depende dEle. É Ele quem nos gera em CRISTO,
efetuando a obra de regeneração. Ele nos foi dado como o «outro Ajudador» ou
«Consolado r». JESUS declara: «E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro
Confortador (Conselheiro, Ajudado r, Intercessor, Advogado, Fortalecedor,
Auxiliador) para que fique convosco para sempre» (Jo. /4:16 - V. Amp.). Mas
para que Ele opere em nós tudo quanto Lhe compete, precisa do nosso
consentimento, mediante uma decisão de entrega e submissão. Se Lhe abrirmos
a Porta da Fonte, então poderemos gozar de toda a Sua plenitude.
Outra tremenda experiência da qual a Porta da
Fonte nos fala, é o batismo no ESPÍRITO SANTO, descrito em João 7, como os
«rios de água viva», fluindo do interior. Ele nos permite ter uma nova
liberdade espiritual e compreensão da Palavra. Através dele, entramos em uma
nova dimensão de poder, que nos equipa na luta contra o inimigo. O batismo
no ESPÍRITO leva-nos a experimentar uma nova ousadia no testemunho, na
oração e nas diversas áreas da vida cristã. E como isso traz fogo,
entusiasmo, vigor espiritual, dinamismo, poder e vibração para a nossa alma!
Há muitos cuja porta está trancada para Ele. Mas os que a abrem, provarão a
ousadia e poder para enfrentar e expulsar o inimigo e suas obras do seu
território.
O ESPÍRITO SANTO é uma Pessoa. Se a Porta das
Ovelhas deve estar sempre aberta para JESUS, a fim de crescermos no
conheCiroento do Filho dI' DEUS e em Sua comunhão, a Porta da Fonte é um
desafio constante para um crescimento na comunhão do ESPÍRITO SANTO. Nunca
temos tudo dl' uma pessoa, mas podemos ter muitas experiências com ela.
Assim acontecerá em nosso relacionamento com o doce Consolador.
Na Porta da Fonte, o ESPÍRITO SANTO nos gerou em
CRISTO, batizando-os em Seu corpo, tornando-nos filhos de DEUS. Ali JESUS
nos batizou no mesmo ESPÍRITO, equipando-nos para serví-LO, como
implantadores do
Seu Reino aqui na Terra. Mas ali, também,
poderemos ter uma experiência diária com Ele, recebendo da Sua plenitude,
direção para cada novo empreendimento, poder para cada tarefa e assistência
em toda a vida Cristã.
Uma das tremendas assistências é na vida de
oração. Paulo declara a respeito: «Do mesmo modo também o ESPÍRITO nos ajuda
na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
ESPÍRITO mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. “E Aquele que
esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO: que Ele, segundo
a vontade de DEUS, intercede pelos santos» (Rm 8:26,27). A figura aqui é de
alguém que segura a ponta do outro lado, enquanto nós mesmos estamos na
outra extremidade. Por exemplo: eu não sei o que está no coração de DEUS,
mas começo a orar; o ESPÍRITO que tudo sabe, vem em meu socorro e segura a
oração do outro lado. Saio para testemunhar de CRISTO. Tenho uma voz, mas o
poder é do ESPÍRITO. Eu abro a boca com a Palavra e Ele me assiste com o
poder. Assim ocorrerá em tudo. DEUS colocou em nossa alma uma porta que dá
acesso ao ESPÍRITO SANTO, através de Quem todos os recursos da Sua graça
estão à nossa disposição. Eis, portanto, o desafio: escancarar a porta a
esse maravilhoso Guia, Conselheiro, Mestre, Advogado e Protetor!
7. A porta do Cárcere (Ne 3:25) Livres de
Prisões (ou pátio do cárcere)
Aqui se fala dó átrio, ou pátio do cárcere ou
prisão. Este é o lugar onde as nossas prisões devem ser quebradas. Há muitas
prisões em nossa vida que devem ser relaxadas. Prisão de medo, depressão,
falta de perdão, amargura e tantas outras. Para muitos a comida, um pedaço
de bolo, uma coca-cola, uma xícara de café, o sexo, a posição e coisas
semelhantes, são uma prisão. Tudo quanto tem poder de fascínio ou domínio
sobre nós é uma prisão. A tudo que dizemos «não consigo» deixar isso, ou não
fazer isso, ou viver sem isso, servimos como escravos. Nosso Ajudador quer
quebrar o jugo dessas prisões. Para tanto precisamos dar-Lhe acesso ao pátio
do cárcere e rejeitar todas as cadeias.
Toda e qualquer forma de prisão enfraquece a
alma, a personalidade. Nossa personalidade deve ser tão equilibrada que
nada, nem ninguém consigam pôr sobre nós seu jugo. Já possuímos o jugo de
JESUS, que é suave e leve. Paulo exorta: «Para a liberdade CRISTO nos
libertou, permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de
escravidão» (GI. 5: J).
As prisões da alma se manifestam na incapacidade
de dominar os apetites da carne, nas carências afetivas, insegurança,
acomodação, pensamentos descontrolados, dificuldade em tomar decisões,
letargia, etc. Há mil e uma formas de prisões, mas todas têm uma só origem:
Satanás. Para todas elas há um só remédio: JESUS, cujo poder libertador é
ministrado pelo ESPÍRITO SANTO. E que glória ter as prisões despedaçadas!
Quaisquer que sejam as cadeias que têm assolado sua alma, clame como Davi:
«Tira a minha alma da prisão e louvarei o Teu Nome)) (SI. 142: 7).
A única prisão a ser admitida em nossa alma é a
de JESUS. Presos a JESUS, para sempre. Paulo diz que o Seu amor nos
constrange, isto é, nos atrai, prende e nos seduz. Essa prisão, sim, é gozo,
vida, liberdade e paz. Presos a JESUS, por causa do Seu amor e graça,
encontraremos a plenitude da vida e o poder de rejeitar toda e qualquer
amarra dos homens e de coisas.
8. A Porta Das Águas (Ne. 3:26) A Palavra de
DEUS
Essa é a porta da Palavra. Paulo, falando sobre
JESUS e a Igreja, diz: «tendo-a purificado (com a lavagem da água, pela
Palavra” (Ef. 5:26). A água da Palavra de DEUS nos lava, mas a água da
palavra estranha joga lama sobre nós. A Porta das Águas, pois, deve estar
aberta para a Palavra de DEUS, revelada na Bíblia, e totalmente cerrada às
doutrinas estranhas que hoje invadem a Terra, visando poluir as nossas
almas, com seu engano diabólico. A única palavra viva, é a Palavra de DEUS,
expressa na Bíblia. Toda palavra que não suporta o teste do que está escrito
na Bíblia, mio passa pela sua peneira, é água suja, lama pura, e não deve
ser abraçada.
Hoje há muitas doutrinas de homens e de
demônios, que trazem verdadeiras prisões. Certos líderes, em nome da
autoridade, manifestam um espírito controlador, que não procede de DEUS, e
tornam seus liderados verdadeiros prisioneiros de sistemas e de homens,
esquecidos do conselho de Pedro: «Apascenta i o rebanho de DEUS, que está
entre vós, não por força... “Nem como dominadores sobre os que vos foram
confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho» (I Pe 5:2,3).
Precisamos nos abrir, como nunca, à água da
Palavra viva. No contacto constante com o mundo, muitas vezes nossos pés são
empoeirados e carecemos cada dia, de nos submeter a essa água purificadora,
aplicada através da leitura, estudo, meditação e obediência à Palavra
escrita. Uma exposição constante da alma a um bom programa de estudo da
Bíblia ajudará a manter-nos limpos.
Já vimos que havia uma fonte de água junto a
cada porta, com o objetivo de apagar as setas incendiárias lançadas contra
as portas e muros, pelos inimigos, visando a destruição da cidade. A água
era usada para apagar essas setas. Paulo aplica essa figura à batalha
espiritual, quando declara: «tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual
podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno» (Ef 6:16). Glória a
DEUS que há água junto a cada porta! Em outras palavras, a Palavra de DEUS
nos está disponível em cada área da nossa vida, de modo que quando cada seta
incendiária for lançada contra nossa alma, poderemos apagá-Ia, não sendo
destruídos, mas permanecendo de pé, vitoriosos. Pela aplicação da água da
Palavra, o inimigo será mantido fora do nosso arraial. Diante de cada
investida levantamos o escudo da fé, mediante a aplicação da Palavra
específica, para o tipo de ataque específico.
A Palavra de DEUS está para nossa alma o que a
comida está para o corpo. É nossa fonte de alimento, sustento e vida. Por
meio dela conhecemos a DEUS; ela é canal de comunhão com Seu Autor, DEUS
mesmo; é fonte de oração, confissão e vitória; é instrumento de combate
espiritual, sendo arma contra as investidas satânicas; por meio dela. temos
luz e direção para todas as áreas da vida; ela expressa os princípios pelos
quais viveremos e reinaremos; são de fato «espírito e vida», conforme JESUS
declarou (Jo. 6:63).
A Porta da Fonte em nossa alma, deve estar
continuamente aberta para a Palavra de DEUS, através de um programa sério de
estudo, meditação e a devida obediência. Por outro lado, deve estar cerrada
para todo tipo de ensino contrário às verdades imutáveis e eternas nela
expressas.

9. A Porta dos Cavalos (Ne. 3:28) Livres de
Cargas
.os cavalos eram um meio de transporte. Levavam
cargas, pesos. Em nossa vida essa porta fala do lugar por onde passam os
fardos. Ela deve estar aberta para JESUS. Todos os fardos devem ser lançados
sobre Ele. Paulo diz que «devemos levar as cargas uns dos outros» (Gl. 6:2).
Isso, porém, não significa que essas cargas devem repousar sobre nossos
ombros. Todas elas precisam ter um único destino: deixá-Ias-emos nas mãos do
Senhor. Não podemos ser sufocados pelos pesos que nos vêm, nem pelos que vêm
sobre nossos irmãos. Ajudá-Ios-emos, levando-os a JESUS. .os irmãos virão a
nós, o mundo virá a nós com os seus fardos, e nós os levaremos Àquele que os
pode carregar. «Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem
cuidado de vós» (I Pe. 5-7). Há um corinho muito conhecido que diz:
«Não tenhas sobre ti, nenhum cuidado, qualquer
que seja, Pois um, somente um, seria muito para ti. “É meu, somente meu,
todo o trabalho, o teu trabalho é descansar em mim”.
Não é maravilhoso saber que há alguém que o ama
tanto, que se dispõe a levar seus fardos e introduzí-Io no descanso da fé? E
que seu papel consiste, simplesmente, em soltar seus fardos para que Ele os
possa carregar? Ó amor indizível, graça sem medida, quem poderá te
compreender? Mesmo não abarcando a dimensão exata desse amor sem igual, você
pode se entregar a Ele e gozar de seus benefícios eternos. Portanto, diante
de cada fardo, diga: «Pai, transfiro-o para Ti». Relaxe na Sua presença e
veja os fardos se levantarem. E à medida que você experimenta tudo isso, sua
alma estará sendo restaurada. Portas levantadas, brechas fechadas!
Muitos são os cuidados que tentam nos sufocar. A
vida moderna tem muitas pressões e exigências e, muitas vezes, os fardos
parecem insuportáveis. .o resultado de tudo isso é um forte estresse e
abatimento. São fardos no trabalho, com um salário corroído pela inflação e
a ameaça de desemprego que, para muitos, já bateu à porta; preocupações com
os filhos e pressões na família, para além de toda sorte de inquietação numa
sociedade violenta e insegura. Tantos são os males, que se alguém tentar
enfrentá-Ios sozinho, logo sucumbirá. Mas há uma boa notícia: o Senhor, que
é Pai e cuida dos Seus filhos, colocou nos muros de nossa alma a Porta dos
Cavalos. Por ela podemos deixar sair todos os fardos que nos assolam. Ele é
grande, e tem recursos infinitos para levar nossas cargas. Podemos entrar no
descanso da fé, enquanto Ele toma conta de nós, com tudo que nos diz
respeito.
Os pesos e cuidados são uma estratégia de
Satanás para nos esmagar. Mas se a Porta dos Cavalos estiver aberta para
JESUS, à medida que eles vierem, serão transferidos para nosso bendito
Senhor, e estaremos vivendo no descanso da fé. «Tu conservarás em perfeita
paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque confia em Ti» (/s. 26:3).

10. A Porta Oriental (Ne.3:29) O Regresso de
JESUS
Acredita-se que esta é a porta pela qual JESUS
entrou, e que hoje se encontra fechada. Espera-se que o Messias entre por
ela, em Sua segunda vinda. Para nós, ela fala do regresso de JESUS. Paulo
diz que devemos nos consolar, uns aos outros, com a esperança da bendita
vinda do Senhor. A expectativa desse evento deve estar sempre diante de nós.
Temos um futuro glorioso, temos um destino eterno. Hoje travamos batalhas
tremendas, mas há fim para o mal, há justiça a ser executada, há uma
redenção a ser consumada, e tudo isso acontecerá na segunda vinda de JESUS
CRISTO. Paulo ainda declara que, «Se é só para esta vida que esperamos em
CRISTO, somos de todos os homens os mais dignos de lástima» (1 Co. 15:19).
A Porta Oriental em nossa vida deve estar aberta
para a grande doutrina de que JESUS voltará, estabelecerá Seu Reino milenar
na Terra, e a Igreja reinará com Ele, em glória. Os eventos no mundo inteiro
apontam para a proximidade desse dia. De fato ele está mais perto do que
muitos imaginam. Vivemos na geração que testemunha os mais tremendos
acontecimentos proféticos, aguardados por milhares de anos. Estamos chegando
ao clímax de todas as épocas, quando a trombeta de DEUS soará, os mortos
ressuscitarão e os santos serão arrebatados para o encontro com o Senhor nos
ares. Cada dia que passa vamos ficando mais próximos daquele dia glorioso.
Isso deve nos motivar a viver de modo a glorificar a DEUS em tudo,
aguardando, vigilantes o Dia da Sua vinda.
Não sabemos o dia, a hora ou o ano em que Ele
voltará, mas está claro que saberemos a estação. Paulo declara em I
Tessalonicenses 5:4: «Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele
dia, como ladrão, vos apanhe de surpresa». Para o mundo Ele virá «como
ladrão de noite», isto é, de surpresa. Para os filhos de DEUS isso seria uma
tragédia. Contudo, se a Porta Oriental estiver aberta a JESUS em nossa alma,
a expectativa do Seu regresso não se apartará de nós, e isso se constituirá
uma motivação de vida e serviço a Ele.
Ainda que JESUS não volte em nossa geração, pelo
arrebatamento, o certo é que passaremos com a presente geração, seja através
da morte ou da Segunda Vinda do Senhor. Nossos dias são limitados, e vamos
vivê-los de modo a ser motivo de glória para DEUS e bênção para o mundo.
Veremos o Seu rosto em Sua formosura a qualquer momento. Essa certeza nos
inspira a viver como quem sabe quem é e para onde vai. Nosso destino é a
glória, é o Trono, é JESUS mesmo. Depois de toda a luta contra o pecado, a
carne, o mundo e o Diabo, vitoriosos, pelo Seu sangue e Sua Palavra,
encontrar-nos-emos com Ele em nossa geração, seja pelo arrebatamento, seja
pela morte. Vivamos, então, cada dia, como se fosse o último, na esperança
da Sua vinda.
JESUS nos advertiu que deveríamos vigiar e estar
alertas, sempre de prontidão, para recebê-Lo a qualquer hora.



Apesar de muitos, em várias ocasiões, terem marcado data para Seu regresso,
o certo é que Ele não prometeu fazê-Io, e conservar-nos-á na expectativa até
o momento certo.


Portanto, que «o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso
espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de NOSSO SSENHOR JESUS CRISTO» (1 Ts. 5:2.1).

11. A Porta da Atribuição (Ne. 3:31) A
Comissão Divina
A versão da Sociedade Bíblica, assim como da
Imprensa Bíblica Brasileira, traduzem "miphkad" por <
Ficaremos com «miphkad», a palavra hebraica, que é definida por H. W. F.
Genesius, em seu «Hebrew-Chaldee Lexicon to the Old Testament», como
«atribuição, mandato, ordem, um lugar apontado». A Porta da Atribuição,
pois, falamos do lugar onde DEUS nos delega uma missão, atribui-nos uma
responsabilidade. A palavra traz o sentido de uma tropa que é convocada para
receber suas diversas atribuições. Deve ser por isso que Ferreira de Almeida
traduz a palavra por «guarda».
Essa é a porta pela qual o Senhor nos delega
responsabilidades. Se ela estiver aberta para Ele, não nos recusaremos a
aceitar e cumprir os deveres que nos serão atribuídos, pois, juntamente com
a tarefa, Ele sempre nos dará a devida capacitação. Muitas vezes, o medo e o
sentimento de inadequação tomam conta de nós, e deixamos a porta fechada
para DEUS. Se, contudo, conhecemos ao Senhor, sabemos que Ele é fiel e justo
e jamais nos dará uma tarefa, sem que esteja disposto a dar-nos, juntamente
com ela, o que é necessário ao seu cabal cumprimento. Lembramos ainda que,
cada vez que uma dessas portas é fechada ou aberta à pessoa errada, corremos
sério perigo, pois isso se constituirá em uma brecha para o inimigo nos
assolar.
DEUS tem planos perfeitos para cada um de nós.
Devemos abrir a porta da atribuição e receber cada um deles, sabendo que Ele
tem o melhor para a nossa vida. De fato, a bênção cem por cento só nos virá
quando estivermos dentro do plano cem por cento que Ele tem para nós. Não há
o que temer. Para o desempenho de cada tarefa, «A nossa capacidade vem de
DEUS» (2 Co. 3:5). Ele é um Pai de amor e sabedoria. Saiba que o DEUS que
chama e delega tarefas, é o mesmo que capacita, abre as portas, vai à
frente, assiste-nos através do ESPÍRITO SANTO e comissiona Seus anjos a
nosso favor.
A esta altura, convém advertir sobre a
necessidade de distinguir entre um chamado do homem e um chamado de DEUS.
Satanás pode nos enviar tarefas e pessoas, com o propósito de desgastar-nos,
para que não tenhamos tempo e energia para executar o verdadeiro plano de
DEUS para nós. Ele pode dar uma tarefa paralela, enviar pessoas que nos
consomem o tempo e, se não estivermos firmes no discernimento da voz de
DEUS, ele pode nos iludir. Lembre-se de que o plano de DEUS é um só e não há
plano paralelo. Seguir o caminho paralelo é estar fora do verdadeiro plano.
Há um propósito específico para cada filho. O modo de descobrí-lo, é ouvir
Sua voz, através das impressões do ESPÍRITO SANTO no homem interior. Um
engano comum é tentarmos atender o chamado do homem, muitas vezes provocado
por uma necessidade. Acontece que uma necessidade não se constitui um
chamado Divino. Necessidades existem em todos os lugares, e só remiremos o
tempo, atendendo a convocação do Senhor.

12. A Porta de Efraim. (Ne. 8:16) A Porção
Dobrada
Esta é a última porta a ser mencionada. Efraim
era o segundo filho de José, mas recebeu a bênção de Jacó, como se fora o
primogênito. Seu nome significa: «fruto dobrado. porção dobrada da herança,
frutífero».
Para nós, ela é a Porta da Porção Dobrada. Esta
era dada por direito de primogenitura. JESUS é o primogênito, mas Hebreus
12:23 se refere a todos os filhos de DEUS como «a Igreja dos primogênitos
inscritos nos Céus». Como pode acontecer que todos os crentes sejamos
primogênitos, com direito à porção dobrada? Ora, JESUS é o primogênito e nós
somos o Seu corpo, um com Ele, e o que é Seu, é nosso. DEUS tem um filho,
que se chama JESUS. A esse Filho, deu uma companheira, que é a Igreja. Essa
Igreja é parte dEle, Seu complemento, e participa do que Lhe pertence. É por
isso que DEUS quer que o nosso caráter, personalidade, o ser inteiro,
reflitam a presença de JESUS, e Sua glória em nós se manifeste.
DEUS não desiste de nós. Em Oséias 11.8 lemos:
«Como te deixaria. ó Efraim ?» Essas palavras repassadas de amor, são
dirigidas em tempos de apostasia de Efraim. Ainda assim, as ternuras do
coração do Pai para com ele o buscavam atrair. Na porta de Efraim,
receberemos a abundância do que Ele tem para nós e tornar-nos-emos
frutíferos em tudo, pois Ele colocou à nossa disposição todos os recursos
inesgotáveis de Sua graça.

Não há limites em DEUS. Somos nós que limitamos
o que recebemos dEle. Seus tesouros, em CRISTO, estão escancarados para nós.
Mas precisamos abrir a Porta de Efraim, da Porção Dobrada, e receber as
bênçãos do primogênito, ou seja, o que pertence a JESUS. Tudo é nosso, nEle.
Qual é o estado da sua alma? Alguém se importa
com ela e veio para dirigir sua limpeza e restauração (JESUS). O segundo
passo depende de você unir-se ao precioso ESPÍRITO de DEUS, começando pelas
portas, o lugar de decisão. Aí você determina o rumo que sua vida vai tomar.
Lembre-se que sua vida no agora, é o resultado das escolhas de ontem. Para
mudar o seu curso no amanhã, algo deverá ser feito hoje. DEUS lhe dá todos
os recursos e assistência na pessoa do ESPÍRITO SANTO, para que você possa
fazê-Io. Se você se expõe a Ele e está determinado a seguir Sua direção,
então nada impedirá sua completa vitória.

As citações bíblicas são extraídas da Tradução
de Almeida, Revisada de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego,
da Imprensa Bíblica Brasileira, exceto Quando for indicada outra fonte.
Citações com a indicação Amp., são traduzidas
pela autora de The Amplified Bible. Copyright @ by Zodervan Bible Publishers.
(Bíblia Amplificada).
Citações SBB, são extraídas da Tradução de
Almeida, Edição Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil.

Coelho, Valnice Milhomens. Personalidades
restauradas, São Paulo: Edição do autor, 1992. 244p.1. Palavra da Fé
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INTERAÇÃO

O texto de Neemias
capítulo três narra o processo de edificação dos muros de Jerusalém. A
palavra "reparou" é predominante em todo o capítulo. Para os judeus que
voltaram do exílio, o processo de reconstrução das portas e dos muros de
Jerusalém contrastava-se com a realidade caótica do presente (SI
126), mas
oferecia, ao mesmo tempo, a lembrança do pujante passado
da cidade. Passado este que, infelizmente, fora coberto pelos escombros.
Contudo, os judeus estavam dispostos a remover as ruínas e, a partir delas,
reconstruir uma nova nova vida e uma nova história, é nesta
perspectiva que estudaremos hoje as portas de Jerusalém.

UM ESTUDO COMPLETO AS PORTAS

A Bíblia Sagrada, quando trata a respeito da reconstrução dos muros de Jerusalém, no Antigo Testamento no livro de Neemias, menciona as doze portas da cidade com os seus primitivos nomes: 

1 – Porta do Gado 
2 – Porta do Peixe (Porta de Damasco) 
3 – Porta Velha (Porta de Jafa) 
4 – Porta do Vale 
5 – Porta do Monturo 
6 – Porta da Fonte 
7 – Porta do Cárcere 
8 – Porta das Águas 
9 – Porta dos Cavalos 
10 – Porta Oriental 
11 – Porta de Mifcade (da Atribuição) 
12 – Porta de Efraim 

O que temos em mente, neste estudo, é comentar sobre os símbolos das portas de Jerusalém dos dias distantes de Neemias. 
“De tudo que era mui querido para o Senhor, nada mais seria do que a sua cidade e as suas portas (Sl.87:2,3; 147:12,13). Se é importante para Deus, deve ser igualmente importante para a Igreja! Os judeus e os cristãos são convidados a orar pela paz de Jerusalém sob promessa de prosperidade aos que a amarem! (Sl.122:6)”. 


III – NOMES, SÍMBOLOS, PROPÓSITOS ESPIRITUAIS 

1. A Porta do Gado (das Ovelhas) (Ne. 3:1; 12:39) Norte do Templo. 
“E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus irmãos, os sacerdotes e edificaram a porta do gado, a qual a consagraram...”. 
A porta do gado simbolizava consagração, mais tarde recebeu o nome de porta das ovelhas. Ficava nas proximidades do Templo; e do tanque de Betesda. 
Por essa porta passavam ou nela permaneciam os animais que deveriam ser oferecidos como sacrifício pelos pecados do povo, de acordo com as exigências da Lei de Moisés. 
Sob o ponto de vista espiritual era a porta mais importante, pois de nenhuma outra a Bíblia diz que foi consagrada, somente esta! 
É a porta de encontro com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo.10:7,9; Sl.23:1,2). 

2. A Porta dos Peixes (Ne. 3:3; 12:39; 2Cr. 33:14; Sofonias 1:10) 
“E a porta do peixe edificaram os filhos de Senaa, a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos”. 
É a porta dos pescadores, porta da dedicação profética; fala-nos de crescimento, reprodução. 
Lembra-nos dos pescadores do mar da Galiléia chamados por Deus para serem seus discípulos, tornando-se então, pescadores de homens (Mt.4:18-22). 
a) A chamada de Eliseu (1ºRs.19.15,16,19-21) – A.T. 
b) A chamada de Barnabé e Saulo (At.13:1,2) – N.T. 
c) A chamada de Moisés (Ex.3:10) e as suas desculpas (Ex.3:11-13; 4:1-12). 
d) A chamada de Jeremias (Jr.15:7) e a sua desculpa. 

3. A Porta Velha (Ne. 3:6; 12:39; 2Cr. 33:14; 2Rs. 22:14) Também chamado "Primeira Porta" (Zac. 14:10) 
“E a porta velha, repararam-na, Jeoiada, filho de Paséia; e Mesulão, filho de Besodéias; estes a emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos”. 
A porta velha simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo, acerca das gerações de sua origem. 
No sentido espiritual, de modo figurado, indica-nos hoje, a necessidade do desapego e libertação do passado (2ªCo.5:17; Ef.4:22-24 e Fp.3:13,14). 

4. A Porta do Vale (Ne. 2:13; 3:13; 2Cr. 26:9) 
“E de noite saí pela porta do vale, para a banda da fonte do dragão, e para a porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém”. 

5. A Porta do Monturo (Ne. 2:13; 3:13; 12:31) Provavelmente, igual a Porta do Sol(Jer. 19:02) 
“A porta do vale reparou-a Hanum e os moradores de Zanda; estes a edificaram, e lhes levantaram as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos. E a porta do monturo, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito de Bete-Haquerém...”. 
A porta do vale era por onde passavam os esgotos, as águas que se projetavam no vale do Cedrom. 
A porta do monturo era por onde se processava a remoção do lixo. Essas portas representavam a limpeza que deveria haver na cidade de Deus. Por elas saíam todas as impurezas, como que a indicar que a cidade santa deveria estar sempre limpa, assim como o nosso coração deve estar! (Tg.4:8; 2ªTm.2:21; 1ªJo.3:2,3 e Mt.5:8). 

6. A Porta da Fonte (Ne. 2:14; 3:14; 12:37) 
“E a porta da fonte reparou-a Salum, filho de Col-Hozé, maioral do distrito de Mizpa...”. 
A porta da fonte simbolizava a bênção divina constante a brotar na nascente. Essa porta ficava ao sul de Jerusalém perto da fonte de Siloé, onde o cego de nascença foi curado por Jesus! (Jo.9:10,11). 
Espiritualmente simbolizava a realidade dos milagres dos evangelhos profetizados por Isaías (Is.61:1 – Lc.4:18,19) e realizados por Jesus; poder este delegado para a igreja para a dispensação da graça (Lc.10:19; Mc.16:17). 

7. A Porta da Prisão (Ne. 12:39), Porta do Pátio do Cárcere (Ne. 3:25)ou Porta da Guarda (2Rs. 11:6, 19) 
“Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina e a torre que sai da casa real superior, que está junto ao pátio da prisão”. 
Neste pátio o profeta Jeremias esteve preso (Jr.32:2; 33:1; 37:21). Espiritualmente simboliza “as cadeias” ou “prisões” que imobiliza o pecador, ou até mesmo o crente que se descuida da vigilância (Jo.8:32,36; Sl.107:13,14; 148:7). As prisões podem ser quebradas pelo pode de Deus (At.16:26). 

8. A Porta das Águas (Ne. 3:26; 8:1,3,16 ; 12:37) 
“Ora os netinins habitavam em Ofel, até defronte da porta das águas, para o oriente, e até a torre alta”. 
Esta porta proporcionava suprimento de água para a cidade. 
A água no oriente está entre os elementos mais necessários e mais desejáveis; uma fonte, um poço, um rio, um lago, e até mesmo as águas das chuvas, eram considerados e estimados como bênção de Deus nas terras áridas. 
A porta das águas, portanto, tinha significação elevada naqueles dias (Sl.65:9-13). 
Espiritualmente, esta porta simboliza as águas da Palavra de Deus e do Espírito Santo que devem regar continuamente o arraial dos santos, a igreja do Senhor (Sl.63:1; Is.44:3; Jo.3:5; 4:14; 7:37-39). 

9. A Porta dos Cavalos (Ne. 3:28; 2Rs. 11:16; 2Cr. 23:15; Jr. 31:40) Sudeste do Templo, e perto da cidade e da casa de Davi. 
“Desde a porta dos cavalos repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa”. 
A palavra “cavalo” indicava, naqueles dias, atividades e lutas. 
Naqueles dias, os cavalos eram peças essenciais nas guerras, sem os quais os carros não poderiam andar. Os cavalos simbolizavam as guerras, as batalhas, as lutas, enfim, as conquistas dos povos! 
Por outro aspecto, cavalo lembra um meio de transporte que leva as cargas os pesos. 
Espiritualmente, traz-nos à lembrança o imensurável amor de Deus que deu o seu unigênito Filho para levar sobre si as nossas cargas de pecado, de doenças, de possessões (Jo.3:16; Is.53:4; Mt.11:18,29; Gl.6:2 e 1ªPe.5:7). 

10. A Porta Oriental (Ne. 3:29) Leste do Templo, e conectado com ele. 
“...E depois dele reparou Semaías, filho de Secanias, guarda da porta oriental”. 
Acredita-se que esta é a porta pela qual Jesus entrou em Jerusalém, e que hoje se encontra lacrada! Espera-se que o Messias entre por ela em sua segunda vinda. 
Ez.44:2 – “E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso estará fechada”. 
Na simbologia espiritual esta porta representa a volta de Jesus; o eminente arrebatamento dos salvos! Esta porta deve estar aberta na vida da igreja, cuja oração deve ser: Ap.22:20 – “Aquele que testifica estas coisas diz: certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus”. Ver ainda 1ªTs.5:23. 

11. A Porta de Mifcade [Atribuição] (Ne. 3:31) Provavelmente nordeste do Templo. 
“Depois dele reparou Malquias, filho dum ourives, até à casa dos netinins e mercadores, defronte da porta de Mifcade, e até a câmara do canto”. 
A porta da atribuição, no aspecto espiritual, nos fala da “comissão divina” da definição de atribuições ao seu povo! 
a) Israel deveria ser um reino sacerdotal (Ex.19:6); e, 
b) A igreja deveria ser um sacerdócio real (1ªPe.2:9). 
A grande comissão do Senhor Jesus para seus discípulos nós encontramos nos Evangelhos (Mt.28:18-20; Mc.16:15). 

12. A Porta de Efraim (Ne. 8:16; 12:39; 2Rs 14:13; 2Cr. 25:23) 
“Saiu, pois, o povo, e de tudo trouxeram, e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus, e na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim”. 
Efraim era o segundo filho de José, mas recebeu a bênção de Jacó como se fora o primogênito. 
Efraim significa “fruto dobrado”. 
Porção dobrada da herança era um direito de primogenitura (Hb.12:12; Zc.9:12). 

CONCLUSÃO 
Como se vê, apesar de quase desconhecidos pela maioria daqueles que possuem um exemplar da Bíblia, o livro de Deus registra esses nomes focalizados; nomes esquecidos, mas nomes históricos, reais, simbólicos, mas ricos em tradição. 
As doze portas monumentais da Jerusalém celestial, da nova Jerusalém, não têm um significado de defesa, já que a paz é absoluta e as portas permanecerão sempre abertas, pois sua finalidade é exaltar a magnificência da imagem da cidade eterna!