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Campinas, S P, Brazil
Bacharel em Teologia pela FAETEPE.( PETROS ) Ensinador e Pregador da Palavra do Senhor

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

LENÇÓIS .E O LENÇO









-1- """OS LENÇÓIS NO CHÃO E O LENÇO SOBRE O ROSTO DE JESUS""" JOÃO 20/1--7 - Tecido fino, especialmente preparado para proteção da pele. ( o corpo era enrolado com as especiarias com estes lenções )

2 comentários:

  1. " LENÇÓIS E O LENÇO "

    “O túmulo não estava completamente vazio. Estavam ali as testemunhas, as únicas testemunhas da ressurreição de Jesus. Eram os panos. Mesmo sendo mudos, podiam comunicar alguma coisa muito bem, visto que, depois de tê-los visto, João acreditou”. A primeira confusão, em muitas traduções, diz respeito aos termos com os quais se indicam os panos usados para o sepultamento. O original grego fala de otónia e de soudárion: termos traduzidos muitas vezes de maneira genérica e confundidos entre si (bandagens, faixas, panos, etc.). Na realidade, com a palavra otónia se indicavam todos os lençóis impregnados de mirra e de aloé usados na sepultura: tanto esindon (o lençol mais amplo, de 4 metros de comprimento e 90 centímetros de largura, que era estendido por baixo e por cima do corpo do defunto, por todo o seu comprimento, juntando as duas extremidades sob os pés), quanto as faixas com as quais se atavam as mãos e se cingia o lençol, para mantê-lo aderente. Existe depois o sudário da cabeça, tò soudárion, um amplo lenço quadrado dobrado na sua linha diagonal, de modo a formar um triângulo, e depois enrolado sobre si mesmo. Formava assim uma faixa com uma certa espessura, que era passada sob o queixo do defunto e amarrada sobre a cabeça, de modo a que a boca não se abrisse por causa do relaxamento dos nervos.
    Em particular: no original grego está escrito que Pedro, ao entrar no sepulcro, viu tà otónia keímena, que muitas versões traduzem como “os lençóis postos por terra”. Ora, o particípio keímena indica na realidade a posição estendida, horizontal dos lençóis, sem significar que eles estivessem jogados no chão, no pavimento do sepulcro. O verbo defectivo keymai quer dizer estar esticado, estar na horizontal. A expressão significa que os lençóis funerários estavam esticados em seu lugar, murchos sobre si mesmos, depois de não enfaixarem mais o corpo de Jesus. Provavelmente tinham ficado esticados no nicho escavado na parede, próprio da arquitetura do túmulo judaico de tipo senhoril, no qual fora deposto o corpo de Jesus; as últimas expressões do trecho em questão giram em torno da posição do sudário. O original diz que o sudário estava ou metà ton otoníon keímenon, expressão que é normalmente traduzida ‘não estava lá com os lençóis’. Introduz-se assim a idéia de que o sudário tenha mudado de posição em relação ao ponto em que se encontrava quando o corpo de Jesus fora sepultado. Também as expressões seguintes são interpretadas de maneira a confirmar o deslocamento diferente do sudário em relação aos outros panos. A mesma versão da CEI traduz essas expressões anotando que o sudário não estava com os outros lençóis, “mas de lado, dobrado em um outro lugar”. De Cidrac contesta diversos pontos dessa tradução corrente. Segundo ele a negação ou se refere não à expressão local metà ton otoníon (entre os lençóis) mas ao particípio keímenon (estendido, esticado), proveniente do verbo keîmai. Quer-se indicar assim que o sudário não estava estendido, não estava esticado como o resto dos lençóis. Metà ton otoníon, não mais ligado à negação ou, deve ser traduzido “em meio aos lençóis”, e indica o deslocamento do sudário, que tinha ficado justamente sob o sudário maior, enrolado de maneira distinta (de Cidrac traduz assim o advérbio corìs e o particípio passado passivo entetuligménon, do verbo entulíssu) no seu lugar original (eis ena tópon). Tudo isso para dizer que o sudário não tinha saído do seu lugar inicial, e agora, tendo ficado enrolado, distinguia-se sua espessura em relevo no meio dos outros lençóis esticados, debaixo da parte superior do sudário maior.
    No final das contas, a tradução da passagem que de Cidrac oferece como contribuição original à pesquisa exegética é a seguinte: “[Simão Pedro] entrou no sepulcro e viu os lençóis esticados, e o sudário, que estivera atado em volta da cabeça. Este estava no meio dos lençóis, sem estar estendido, mas distintamente enrolado sobre si mesmo, em seu lugar inicial”.

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  2. O LENÇO DOBRADO (João 20:7) Por que Jesus dobrou o lenço que cobria sua cabeça no sepulcro depois de sua ressurreição? Eu nunca havia detido minha atenção a esse detalhe.

    Em João 20:7 – nos conta que aquele lenço que foi colocado sobre a face de Jesus, não foi apenas deixado de lado como os lençóis no túmulo. A Bíblia reserva um versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.

    Bem cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena veio à tumba e descobriu que a pedra havia sido removida da entrada. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus tanto amara {João Batista} e disse ela: “Eles tiraram o corpo do Senhor e eu não sei para onde eles o levaram.” Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver. O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá primeiro chegou. Ele parou e observou os lençóis, mas ele não entrou. Então Simão Pedro chegou e entrou.

    Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado e colocado em um lado.

    Isto é importante? Definitivamente.

    Isto é significante? Sim.

    Para poder entender a significância do lenço dobrado, você tem que entender um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época. O lenço dobrado tem que a ver com o Amo e o Servo; e todo menino Judeu conhecia a tradição.

    Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria. A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição.

    Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos, sua boca e limparia sua barba e embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo o lenço embolado queria dizer: “Eu terminei”.

    Eu não sabia a respeito.

    Se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa porque o lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”

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